Renato Góes detalha convivência com doença crônica e fator que o levou a tratamento

O ator Renato Góes revelou detalhes sobre os impactos emocionais provocados pelo diagnóstico de vitiligo ainda na adolescência. A doença crônica, que provoca a perda da pigmentação da pele, apareceu em um momento delicado da vida do ator, durante o divórcio dos pais, e acabou influenciando de forma significativa a maneira como ele passou a encarar a própria imagem.

O diagnóstico, feito aos 12 anos, aconteceu após Renato perceber uma pequena mancha na coxa esquerda. Desde então, o ator enfrentou sentimentos de vergonha e insegurança, que o fizeram evitar expor as pernas, optando por usar calças na escola e bermudas mais longas na praia. Essa fase marcou profundamente sua trajetória pessoal e emocional.

Momento de buscar ajuda 

Góes contou que a preocupação aumentou quando começou a ter pesadelos nos quais as manchas se espalhavam por todo o rosto. Ele também desenvolveu o hábito de se olhar no espelho todos os dias para verificar se havia novos sinais da condição. Ao perceber que essa rotina estava interferindo em seu bem-estar, decidiu conversar com os pais e procurar acompanhamento terapêutico.

Com o tratamento, a mancha diminuiu significativamente e hoje é quase imperceptível. Segundo ele, esse processo o ajudou a recuperar a confiança e a se sentir mais confortável, especialmente nas praias do Recife, sua cidade natal. Atualmente, aos 38 anos, casado com Thaila Ayala e pai de dois filhos, o ator afirma que o vitiligo foi apenas mais um desafio que contribuiu para seu amadurecimento e para fortalecer sua forma de enfrentar as dificuldades da vida.


Renato Góes fala sobre desafios pessoais e carreira em "Vale Tudo" (Foto: reprodução/Instagram/@renatogoess)

Superação e aprendizado

Renato Góes reflete sobre a importância de manter uma atitude positiva mesmo diante das dificuldades que a vida apresenta. Para ele, perder uma oportunidade não significa o fim, mas sim a chance de algo melhor surgir. Com o tempo, ele aprendeu a encarar os obstáculos com otimismo, o que acabou trazendo resultados positivos para sua trajetória pessoal e profissional. Mais do que a diminuição das marcas do vitiligo, o que realmente teve impacto foi a forma como ele passou a lidar com os grandes desafios que a vida lhe apresentou.

Durante a infância e adolescência, Renato participou de desfiles para marcas de roupas, a pedido da mãe, e aceitou convites para atuar em comerciais. Foi nesse período que a convivência com o vitiligo ajudou a formar seu caráter e a prepará-lo para enfrentar as situações difíceis com mais maturidade e equilíbrio. Ele acredita que essa experiência foi fundamental para seu amadurecimento, tornando-o mais forte para encarar as adversidades da vida de maneira consciente e serena.

Greta Thunberg acusa Israel de detenção ilegal após tentativa de levar ajuda a Gaza

Greta Thunberg foi deportada de Israel após ser detida por forças navais israelenses em águas internacionais durante tentativa de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A ativista afirma que a ação representou um sequestro e defende a libertação dos demais ativistas que permanecem sob custódia no país.

Ação humanitária interceptada

Na manhã de segunda-feira (9), a sueca Greta Thunberg foi detida por militares israelenses enquanto integrava uma expedição marítima rumo à Faixa de Gaza. A embarcação, com doze ativistas pró-palestinos, foi interceptada por forças navais de Israel em águas internacionais, segundo autoridades israelenses.

O grupo buscava entregar ajuda humanitária e romper o bloqueio naval vigente na região desde 2007. Após a abordagem, os ativistas foram levados para território israelense. Thunberg relatou que a tripulação foi forçada a desembarcar contra a própria vontade.


Greta Thunberg compartilha seu depoimento nas redes sociais (Vídeo: reprodução/Instagram/@gazafreedomflotilla)

Nesta terça-feira (10), Thunberg desembarcou em Paris, no aeroporto Charles de Gaulle, após ter sido deportada. Em declaração à imprensa, afirmou que se recusou a assinar qualquer documento que a caracterizasse como entrada ilegal em Israel. Ela também exigiu a libertação imediata dos colegas que permanecem detidos no país.

Implicações diplomáticas e reações públicas

O episódio teve repercussão internacional. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou, em nota divulgada também no dia 10 de junho de 2025, que um brasileiro integrante da missão retornaria ao país após ter sido detido com o grupo. O Itamaraty acompanhou a situação desde o momento da interceptação.

Thunberg alegou que a operação não foi planejada como ação midiática, mas como uma tentativa real de levar suprimentos a Gaza. Ela mencionou que uma expedição anterior, com um barco maior, foi cancelada após bombardeios.

A ativista de 22 anos não especificou qual será seu próximo destino, mas indicou que seguirá atuando em defesa da população Palestina. O bloqueio naval imposto por Israel à Faixa de Gaza foi intensificado após a escalada do conflito com o Hamas em outubro de 2023, gerando agravamento das condições humanitárias no território.