Bolsonaro pode ir para a prisão ainda em 2025

Após a publicação do acórdão da condenação com pena 27 anos e três meses em regime inicial fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por cinco crimes na trama golpista que culminou nos atos golpistas do oito de janeiro de 2023.

Com isso, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal abriu o prazo de cinco dias corridos para que a defesa dos réus recorra através de embargos de declaração, que é a única possibilidade de recurso neste caso.

Recursos devem ser julgados ainda em outubro

Com o prazo para os embargos de declaração chegando ao fim na segunda-feira(27), a expectativa dentro da Corte é que o julgamento comece no dia seguinte(28) podendo inclusive ser em plenário virtual.


Acórdão inicia prazo para defesa de Bolsonaro trazer seus embargos declaratóios (Vídeo: Reprodução/YouTube/Uol News)

Interlocutores próximos ao ministro Alexandre de Moraes confirmaram a informação e afirmam que existem duas possibilidades para que o julgamento seja inserido na pauta da Primeira Turma na próxima semana. A primeira seria a inserção do julgamento no calendário como geralmente é feito, que tem a pauta aberta sete dias antes da sessão ou o próprio ministro pode pedir a marcação de uma sessão extra, como foi feito no julgamento dos réus em setembro, que tem um prazo de 24 ou 48 horas para colocar o julgamento em pauta.

Ainda segundo interlocutores, o trânsito em julgado deve ser feito até o final de novembro, finalizando o processo com o Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, pedindo a imediata execução das penas.

Defesa deve pedir prisão domiciliar

Além da Primeira Turma, a defesa dos réus também se movimenta nos bastidores para fazer seus embargos de declaração, afinal tem o prazo de cinco dias corridos para apresentá-lo a Corte.

Apesar de ter praticamente a certeza da rejeição dos embargos, a defesa de Bolsonaro deve pedir a manutenção da prisão domiciliar, evitando uma ida a prisão. A alegação da defesa deve passar por problemas de saúde que o ex-presidente tem enfrentado desde 2018 após sofrer uma facada em Minas Gerais durante um evento de sua campanha eleitoral.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto por conta do inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair, nos Estados Unidos, que segundo o mesmo teria trabalhado para que o país executasse um tarifaço de 50% contra os brasileiros.

A defesa até pediu a revogação da medida em setembro, alegando que a Procuradoria Geral da República não o indiciou neste inquérito, mas foi negado alegando indícios de que a prisão domiciliar deveria ser mantida.

Além da prisão domiciliar, Bolsonaro pode ir para uma unidade militar, como aconteceu com seu vice nas eleições de 2022 e também condenado neste inquérito Braga Netto, uma sala na sede da Polícia Federal ou uma cela especial na Papuda para cumprir a pena pelos crimes cometidos na trama golpista.

Aliados esperam Bolsonaro em presídio

Quem também se movimenta nos bastidores após a publicação do acórdão da condenação de Bolsonaro são aliados do ex-presidente.

Segundo fontes ligadas a alguns deles, a expectativa é que Bolsonaro cumpra a pena em uma cela especial na Papuda, mesmo com a defesa alegando problemas de saúde, e que isso já comece em novembro, quando o trânsito em julgado deve ser confirmado.

Com isso, os aliados já começam a pensar nas estratégias para as eleições de 2026 e em quem deve ser o concorrente “bolsonarista” na votação que ocorre em outubro do próximo ano, mas com vários nomes se levantando como candidatos deste lado da política partidária do Brasil, é muito difícil que tenha um nome único vindo do bolsonarismo.

Além da condenação que retira sua possibilidade de candidatura até 2062 como sanção pela condenação na trama golpista, Bolsonaro está inelegível para eleições presidenciais até 2030 por abuso de poder econômico e político na campanha das eleições de 2022.

Para especialistas, a condenação de Bolsonaro somada a não ter um nome unanime entre seus aliados somado aos fracassos da PEC da Anistia e na não revisão da inelegibilidade do ex-presidente podem ser pontos a fragilizar o bolsonarismo como um todo.

Além disso, as votações na PEC da Blindagem e contrária a isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham abaixo de 5 mil reais por mês e outras votações têm feito a opinião pública olhar negativo para a base do ex-presidente.

 

Gustavo Silvestre traz luxo e futurismo para a SPFW

A São Paulo Fashion Week se iniciou no último dia 16 de outubro com muita inovação e resgate de nomes clássicos e grandes da moda brasileira. Um deles foi o de Gustavo Silvestre, que tem uma extensa carreira no mundo da moda mas também com projetos sociais. O desfile aconteceu no último dia 20 no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, o MAC USP, que fica localizado no bairro da Vila Mariana.

O crochê, sua marca característica, foi um dos destaques da coleção. Um dos maiores legados sociais e no mundo da moda que Gustavo desempenha é o projeto Ponto Firme, que leva a técnica do crochê para detentos de penitenciárias há mais de 10 anos.

Crochê e luxo andam juntos

O desfile que tomou forma em um dos pontos culturais mais famosos e prestigiados de São Paulo trouxe o ponto forte de Silvestre: o crochê. Não só em sua formação tradicional como conhecemos mas no luxo jamais visto nesses pontos na lã.

Dando ainda mais força para o lado social de seu trabalho, a coleção apresentada pelo selo Gustavo Silvestre Brasil foi feita por 14 artesãos treinados por ele. Além disso, Gustavo trouxe a sustentabilidade para as suas peças.


Modelo usa modelito de paetê e peças metálicas de Gustavo Silvestre (Foto: reprodução\Instagram\@feliperufinno)

Os paetês, presentes em maioria das peças, foram feitos de matérias prima reciclável, que seriam descartados. Os paetês sustentáveis foram feitos de retalhos de couro, sintético e natural.


                               Modelo usa vestido de rede e pedras de Gustavo Silvestre (Foto: reprodução\Instagram\@feliperufinno)

Além da sustentabilidade muito presente nos looks, Silvestre também trouxe o luxo e o futurismo em looks com a forte presença de dourado e prata, paetês, plumas, cristais swarovski, transparências e texturas. A coleção também conta com toques de sport glam, com uma jaqueta volumosa e dourada.

A trajetória de Silvestre

Atualmente, Gustavo Silvestre se consolidou como um dos maiores nomes da moda paulistana e já fez a sua estreia no exterior. Ele criou a sua própria marca, a Gustavo Silvestre Brasil e trabalha com grandes artistas, como Sabrina Sato, Ivete Sangalo, Izabela Goulart e outras.


Publicação de Gustavo Silvestre sobre o desfile no MAC USP (Vídeo: reprodução\Instagram\@silvestregustavo)

Nascido em Recife, ele estreou na São Paulo Fashion Week em 2018 quando apresentou as peças feitas por detentos matriculados no seu projeto Ponto Firme. Desde então participou de outras edições do circuito de moda paulistano. Esse ano fez a sua estreia no circuito de moda de Paris, com uma colaboração com o designer Kevin Germanier.

 

Matéria escrita por Camila Maziviero no portal InMagazine.

Weider Silveiro leva o balé para as ruas em coleção inspirada em “Pacarrete”

Inspirado no filme “Pacarrete” (2020), de Allan Deberton, o estilista Weider Silveiro apresentou no SPFW N60 uma coleção que transforma o balé clássico em moda urbana, sofisticada e emocional. Longe de ser literal, o desfile propõe uma leitura contemporânea da dança, unindo força e leveza, rigidez e fluidez, elementos que definem tanto o universo da bailarina quanto o olhar do criador.

A referência principal é a história real de Maria Araújo Lima (1912–2005), artista de Russas, no Ceará, cuja trajetória inspirou o longa. Considerada “louca” por sonhar com a arte em uma cidade pequena, a bailarina serve como símbolo de resistência e sensibilidade, sentimentos que atravessam toda a coleção.

Entre o palco e a cidade

Na passarela, Silveiro construiu um diálogo entre a disciplina do balé e o movimento das grandes metrópoles. Vestidos drapeados e franzidos evocam tutus e colants, enquanto blazers e casacos estruturados ganham volumes esculturais criados a partir de fitas de cetim e novos materiais, como o acetato, que substitui o couro tradicional.


Desfile de Weider Silveiro no SPFW. (reprodução/Instagram/@spfw)

Os decotes em U e quadrados remetem aos figurinos das bailarinas, mas surgem de forma tridimensional, destacando a modelagem precisa do estilista. Entre as peças, aparecem também trench coats, coletões, calças tipo Aladdin e moletons com frases como “He-Man”, “Paris” e “Russas”, uma ponte entre o erudito e o pop.

A cartela de cores reforça essa dualidade: tons de berinjela, mostarda, marrom, laranja queimado e roxo constroem uma atmosfera terrosa e sofisticada. Tudo em tecidos lisos de malha e viscose, pensados para o movimento e o conforto.

Um encerramento simbólico e emocionante

Encerrando o desfile, a performance de Márcia Dailyn, primeira bailarina trans do Theatro Municipal de São Paulo, emocionou o público. Vestida com uma camiseta de Russas, ela trouxe à passarela a energia que conecta arte, corpo e expressão, pilares que sustentam tanto o balé quanto a moda de Weider Silveiro.


Desfile de Weider Silveiro no SPFW. (reprodução/Instagram/@weidersilveiro)

Com essa coleção, o estilista reafirma seu talento em equilibrar conceito e acessibilidade, criando roupas que contam histórias. O resultado é uma moda que dança entre o clássico e o contemporâneo, sem jamais perder o ritmo da emoção.

 

Matéria escrita por Lara de Sena no portal InMagazine.

Foz transforma memórias do interior em moda no SPFW

A marca Foz apresentou, nesta sexta-feira (17), sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque Ibirapuera. Chamada “Povoado Poesia”, a coleção propõe uma interpretação afetiva da vida no interior, por meio da recriação de um vilarejo fictício idealizado pelo estilista Antônio Castro.

Para trazer nostalgia, a trilha sonora da apresentação incluiu cantigas cantadas pelo coral infantil do Colégio Maria Montessori, onde Antônio estudou.

Além de valorizar elementos regionais no desfile, a coleção marca a parceria entre a Foz e a Prefeitura de Maceió, envolvendo grupos, ONGs, cooperativas e artesãos locais que colaboraram na produção das peças apresentadas no evento.

Looks exibidos na passarela

As roupas desta coleção apresentam elementos infantis, como pipas coloridas e estampas quadriculadas, que reforçam a proposta lúdica do universo. Também teve fitas do Senhor do Bonfim aplicadas em peças de tapeçaria e em camiseta, com as frases “Viajo porque te amo” na frente e “Volto porque preciso” nas costas.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

Outro elemento regional presente na coleção é o patchwork, técnica que une pedaços de tecido em uma única peça, popularmente conhecida como retalhos. Essa técnica aparece em calças, jaquetas e calçados. A coleção também inclui peças mais escuras, feitas com fuxicos de tamanhos variados e jacquard, uma técnica que entrelaça o tecido diretamente na peça, apresentando paisagens.


Modelos desfilando para Foz no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@topviewclub)

Entre os acessórios, as bolsas chamaram a atenção, decoradas com alças e franjas de palha e feitas com faixas de tecido. O desfile também trouxe pulseiras e brincos artesanais que complementaram o visual.

O universo interiorano de Foz

“Povoado Poesia” marca o encerramento da trilogia da Foz, composta pelas coleções “Alambique Fantasia” (2023) e “O Conto de Laura” (2024). Nesta fase final, a marca explora a sensibilidade do amadurecimento e resgata memórias da infância, refletidas na arquitetura e nos contos folclóricos das cidades do interior.

Em “Alambique Fantasia”, a Foz apresenta uma fábrica de cachaça sob a perspectiva de um engenho de cana-de-açúcar. Enquanto isso, “O Conto de Laura” conta a história da tia-avó de Antônio, que, nos anos 1930, fugiu da casa dos pais para se juntar ao cangaço.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

 

 

Handred celebra a moda noturna em desfile no SPFW

A Handred apresentou sua nova coleção no São Paulo Fashion Week, na noite desta quinta-feira (16), em um desfile realizado na Casa Higienópolis. Sob direção criativa de André Namitala, a marca carioca levou à passarela a coleção “Baila”, inspirada na vida noturna antes do crepúsculo e nos tradicionais bailes do Rio de Janeiro.

As peças foram feitas à mão por mais de 50 profissionais no ateliê da marca, no Rio de Janeiro. Para envolver o público no clima da coleção, o desfile contou com torres de champanhe comandadas por Ivana Wonder e uma trilha sonora que relembrou esses bailes.

O conceito da coleção “Baila”

Ao longo do último ano, Namitala passou por diversas transformações, incluindo a mudança de sede da marca e um processo de amadurecimento profissional. Foi nesse contexto que surgiu a ideia de criar uma coleção que celebrasse essas conquistas. Em entrevista à Vogue, o estilista contou como esse momento inspirou o conceito da nova coleção:

“Ela veio de uma vontade de querer comemorar um pouco. Acho que toda a trajetória de quem tem negócio são trajetórias que vão como montanha-russa. Pode ser meio clichê, mas a gente dita um pouco da emoção que a gente quer sentir.”

A inspiração também veio de um sonho que envolvia uma celebração e da chegada da Era de Aquário, símbolo de inovação, coletividade, que celebra o renascimento, a liberdade e a espiritualidade através da noite — vista aqui como um ritual de passagem entre o crepúsculo e a madrugada.

Handred e a moda em movimento

A coleção “Baila” traz peças confeccionadas em seda e couro sustentável, que recebem o acabamento matelassê, realçando a textura e o visual das roupas. O design foi criado para acompanhar as formas do corpo, transmitindo leveza e elegância, em sintonia com o clima de celebração da coleção.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (foto: reprodução/Instagram/@spfw)

O desfile foi construído como uma narrativa em movimento: começou de forma mais introspectiva e evoluiu para um ritmo mais leve e fluido, refletindo a essência das roupas criadas por André.


Modelos desfilando para Handred no São Paulo Fashion Week. (vídeo: reprodução/Instagram/@glamourbrasil)

A trilha sonora, a performance e a ambientação reforçaram essa transição, criando uma experiência sensorial que traduz o espírito de “Baila”: uma celebração da liberdade, da expressão individual e da alegria de se reconectar com o outro através da moda.

Uma imersão na sensibilidade

Com “Baila”, André Namitala reafirma sua posição entre os criadores mais poéticos da moda brasileira contemporânea. Sua Handred mantém o equilíbrio entre sofisticação artesanal e experimentação estética, traduzindo em forma e textura uma narrativa sobre liberdade, conexão e renascimento.

O desfile foi mais do que uma exibição de roupas — foi uma experiência sensorial completa, que envolveu o público em um clima de celebração e introspecção. O encontro entre música, dança e design evocou memórias afetivas das noites tropicais, onde o vestir é também um ato de expressão e pertencimento.

Entre o passado e o futuro, “Baila” surge como uma ode à noite e ao poder transformador da arte de criar. Ao fundir o artesanal e o contemporâneo em uma mesma linguagem, a Handred convida o público a dançar sob a luz da nova era — a Era de Aquário, onde a moda é mais do que aparência: é movimento, emoção e rito.

Matéria escrita por Maria Carolina Brandão no portal InMagazine.

À La Garçonne traz intimidade urbana e ousadia conceitual ao quarto dia de SPFW

Amarca À La Garçonne (@alagarconne), sob direção criativa de Fábio Souza, abriu o quarto dia da São Paulo Fashion Week, nesta quinta-feira (16), no teatro do Shopping Iguatemi (SP), com um desfile que reafirma seu DNA urbano e provocativo. Sempre conectada com os desejos mais atuais da moda global, a grife apresentou uma coleção marcada pela fusão entre intimidade e streetwear, com forte presença de referências culturais e estéticas do cotidiano contemporâneo.

O desfile começou com uma cena impactante e simbólica: um modelo surgiu na passarela apenas de cueca e camisa branca, uma exposição crua da intimidade que a marca escolheu dividir com o público. A imagem, embora ousada, dialoga diretamente com a tendência crescente do underwear como outerwear, vista nas últimas fashion weeks internacionais. Peças íntimas, lingeries e roupas de baixo ganham cada vez mais protagonismo, não apenas como detalhe, mas como peça central dos looks.

A intimidade foi para a passarela

A sensualidade da intimidade foi elevada à proposta estética central da nova coleção da À La Garçonne. Ao invés de esconder, a marca escolheu valorizar a lingerie, colocando-a em evidência na composição dos looks. Tops, cuecas, meias-calças e rendas dividem espaço com peças de sobreposição, como jaquetas oversized e camisetas desestruturadas, em uma linguagem visual que flerta com o genderless e reforça o corpo como território de expressão.


Desfile À La Garçonne (Foto: Reprodução/Instagram/@ffw)

As modelagens amplas e desconstruídas continuam sendo uma assinatura da marca, mas surgem nesta temporada com nova energia. A silhueta larga é trabalhada com transparências, sobreposições ousadas e tecidos tecnológicos, garantindo uma estética urbana e ao mesmo tempo sofisticada. O resultado são peças que equilibram conforto e personalidade, ideais para um público que busca autenticidade no vestir.

Sobre estilo

A conexão com as ruas permanece como essência da À La Garçonne. Tênis de skate, bonés, jeans lavados e grafismos remetem ao universo do streetwear, evidenciando influências do hip hop, do skate e da cultura de rua em geral. Essa fidelidade à linguagem urbana mostra a capacidade da marca de dialogar com o presente, sem perder suas raízes.

Por fim, a coleção apresenta uma paleta sóbria, dominada por preto, branco, cinza e tons terrosos, pontuada por cores vibrantes e detalhes metálicos. Esse contraste entre o básico e o ousado adiciona dinamismo e contemporaneidade aos looks, criando composições visuais que equilibram sofisticação e rebeldia, traços sempre presentes no universo criativo da grife.

Matéria escrita por Andrielly Ribas no portal InMagazine.

Adriana Lima e Irina Shayk brilham no retorno triunfante do Victoria’s Secret Fashion Show 2025

O universo da moda volta seus holofotes para o retorno triunfante do Victoria’s Secret Fashion Show 2025, e suas estrelas já estão nos bastidores, afiando cada detalhe para o grande momento. Ícones como Adriana Lima e Irina Shayk movimentam redes sociais e cobertura midiática, suscitando expectativas sobre surpresas, recomeços e estratégias de marca renovada.

Com um elenco que mescla veteranas lendárias e novas promessas, o desfile promete mais do que lingerie e asas: mistura nostalgia, empoderamento e reinvenção. A presença dessas modelos simbólicas reforça o desejo da marca de reconciliar sua aura glamourosa com uma narrativa contemporânea — num cenário em que expectativas crescem e o futuro da marca é reescrito com cada look.

Um retorno com assinatura: glamour e legado

Após anos de hiato e reformulações, o VS Fashion Show volta a ganhar importância nas agendas de moda e para isso escalou nomes que marcaram seu auge. Adriana Lima, que já desfilou inúmeras vezes com as asas da marca, aparece como figura de peso nesse retorno, resgatando conexão direta com os fãs de décadas.

Irina Shayk, por sua vez, reforça essa ponte entre passado e presente: após uma ausência nos desfiles da marca, sua volta simboliza não só versatilidade, mas também uma recontextualização da silhueta, da maturidade e do protagonismo feminino.

Esse casting ambicioso evidencia o esforço da marca em resgatar elementos clássicos como o espetáculo, o brilho e o tempero cinematográfico, enquanto se reposiciona em um mercado que exige diversidade e representatividade.


Adriana Lima e Alessandra Ambrosio (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Irina Shayk (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Sunisa Lee (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Alex Consani (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

Desafios e apostas da nova era

Equilibrar a essência dos desfiles icônicos com a demanda contemporânea por pluralidade é uma tarefa delicada. Victoria’s Secret parece apostar numa reinterpretação do símbolo “Anjo”, mantendo as asas, mas ampliando quem pode usá-las.

Outro ponto de atenção: tornar o evento relevante para um público que já viu inúmeros rebrandings. Será que a reedição dos elementos glamourosos: paetês, plumas, efeitos visuais, será suficiente para reconquistar novos olhares? A marca precisa que seus ícones falem à audiência contemporânea, não apenas aos entusiastas nostálgicos.

Além disso, cada passo é observado: desde o casting até os looks e o storytelling nos bastidores. O VS 2025 carrega pressão para entregar algo que não pareça uma simples “volta ao passado”, mas um novo capítulo.


Barbie Ferreira (Foto: reprodução/Instagram/@stealthelook)

A edição de 2025 não será apenas um espetáculo visual. Ela carrega uma proposta de reconfiguração simbólica. As asas, antes símbolo de uma idealização rígida da feminilidade, são reinterpretadas como metáfora de escolha e expressão individual.

Toda a produção, styling, maquiagem, coreografia,  tem sido pensada para permitir que cada modelo conte uma história, indo além da lingerie. O estilista Adam Selman, por exemplo, defende que o show deve “tocar” e “encantar” com leveza e juventude de espírito.

Se o VS 2025 conseguir aliar espetáculo e sentido, pode renascer como marca que não dorme no glamour do passado, mas voa com asas que pertencem à nova era.

Mick Jagger, Sarah Jessica e estrelas roubam a cena em Nova York

Na noite de quarta-feira (8), o Lincoln Center, em Nova York, foi cenário de uma celebração marcada por elegância e brilho: a edição 2025 do baile de gala de outono do New York City Ballet. O evento reuniu grandes nomes da moda e do entretenimento em produções sofisticadas, como o icônico Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, que chegou acompanhado da esposa, a escritora Melanie Hamrick.

Estrelas no Lincoln Center

Entre os convidados estavam a estilista Donna Karan, o ator Hugh Dancy, a supermodelo dos anos 1990 Helena Christensen e a modelo Julia Fox, que voltou aos holofotes após seu breve relacionamento com Kanye West em 2022.

Um dos momentos mais comentados foi a chegada de Sarah Jessica Parker, de 60 anos, que apostou em um visual dramático inspirado na estética de Malévola, um look preto com asas imponentes que arrastavam pelo chão. Ao lado do marido, o ator Matthew Broderick, de 63 anos, em um clássico smoking, o casal atraiu os flashes e reforçou o tom sofisticado da noite.


Sarah Jessica Parker aposta em look Malévola (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sean Zanni)

Glamour em casal

Mick Jagger esbanjou simpatia ao cruzar o tapete vermelho, sorrindo para os fotógrafos e posando ao lado da esposa, Melanie Hamrick. O roqueiro apostou em um visual social descontraído, com camisa estampada e tênis combinando, mostrando que estilo e conforto podem andar juntos.

Já Melanie, autora e bailarina, optou por um look elegante e marcante: um vestido longo vermelho com fenda, que destacou sua presença na noite glamourosa do baile de gala. O casal chamou atenção pela sintonia e pelo charme que levaram ao evento.


Mick Jagger e Melanie Hamrick em noite de glamour (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Theo Wargo)

A celebração também contou com apresentações especiais e momentos de destaque que reforçaram o papel do New York City Ballet como referência cultural. Entre os flashes e os looks exuberantes, o baile encerrou a noite com brilho, estilo, homenagens à arte, e reafirmou sua posição como um dos eventos mais sofisticados e aguardados do calendário nova-iorquino.

Nobel de Medicina 2025: quem são e o que descobriram os vencedores

Nesta segunda-feira (6), a organização do Prêmio Nobel anunciou os vencedores da categoria Fisiologia ou Medicina de 2025: Mary Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi. O trio de cientistas foi reconhecido por suas descobertas sobre a tolerância imunológica periférica — um avanço que abriu caminho para novos tratamentos contra o câncer e doenças autoimunes.

A escolha dos vencedores do Nobel de Medicina é feita pela Assembleia Nobel do Instituto Karolinska, na Suécia. Além da medalha de ouro entregue pelo rei sueco, os laureados recebem um prêmio de 11 milhões de coroas suecas, equivalente a cerca de US$ 1,2 milhão.

Vencedores do Nobel 2025

A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos cientistas que protagonizam essa conquista histórica.

  • Mary E. Brunkow, nascida em 1961, é doutora pela Universidade de Princeton e atua como Gerente Sênior de Programas no Instituto de Biologia de Sistemas, em Seattle. Com uma carreira marcada por inovação.
  • Shimon Sakaguchi nasceu em 1951, na cidade de Nagahama, Japão. Formado em Medicina pela Universidade de Kyoto, onde também concluiu seu doutorado e construiu uma carreira brilhante na área da imunologia, hoje ele é Professor Emérito na Universidade de Osaka, reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre o sistema imunológico.
  • Fred Ramsdell, nascido em Elmhurst, Illinois, em 1960, é doutor pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e atua como consultor científico na Sonoma Biotherapeutics, em San Francisco.

Imagem ilustrativa dos vencedores do prêmio Nobel de 2025 (Foto: reprodução/CNN/Niklas Elmehed)

Em 1995, Shimon Sakaguchi desafiou a ciência ao mostrar que a tolerância imunológica não depende só do timo. Ele revelou uma segunda defesa: as células T reguladoras, que agem como “guardas” do sistema imunológico, evitando ataques às próprias células.

A descoberta que fez história

A pesquisa premiada com o Nobel de Medicina 2025 revelou um mecanismo essencial para proteger o corpo de si mesmo: a tolerância imunológica periférica. Publicado na revista Nature, o estudo mostra como o sistema imunológico evita reações perigosas contra células saudáveis, graças à ação das células T reguladoras, verdadeiras “guardiãs” que mantêm o equilíbrio entre defesa e autodestruição.

Segundo Marie Wahren-Herlenius, professora de reumatologia do Instituto Karolinska, o Nobel de Medicina 2025 destaca como o corpo consegue equilibrar a defesa contra micróbios sem desencadear doenças autoimunes — um verdadeiro controle de precisão do sistema imunológico.

McQueen revisita sua rebeldia e redefine o sexy em Paris

A Alexander McQueen apresentou seu verão 2026 neste domingo (05), durante a Paris Fashion Week, e confirmou: Seán McGirr não teme o desconforto. Em seu segundo desfile à frente da grife britânica, o diretor criativo mergulhou nas raízes provocativas da marca e trouxe de volta a sensualidade áspera, quase agressiva, que sempre foi marca registrada de seu fundador.

Na passarela, corpos expostos, cinturas ultrabaixas e transparências desafiaram convenções. O couro apareceu desconstruído, o tule ganhou aspecto destruído, e as franjas, em tiras de tecido e cordas, criaram movimento e tensão. A coleção, que flerta com o erotismo e a vulnerabilidade, revisita ícones da McQueen dos anos 1990, especialmente a polêmica “Highland Rape”  sem cair na simples nostalgia.

A cintura baixa volta com nova atitude

McGirr explorou a silhueta de forma quase anatômica: saias e calças que revelam o quadril, vestidos colados ao corpo e tops que mais sugerem do que cobrem. A chamada “cintura cofrinho”, um dos temas mais comentados do desfile, se tornou metáfora de ousadia, um gesto de exposição e poder.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

A cartela de cores oscilou entre o vermelho intenso, o preto e o branco, com texturas que remetem à pele, ao sangue e ao metal. O contraste entre o artesanal e o industrial se fez presente: flores tridimensionais conviviam com zíperes aparentes e tecidos rasgados. Era como se cada look trouxesse uma história de resistência e reconstrução.

Entre fragilidade e força

Ao lado da provocação visual, o desfile também abordou um diálogo contemporâneo sobre identidade e corporeidade. As modelos, diversas em forma e presença, desfilavam com um ar de desafio silencioso, uma espécie de manifesto visual que coloca a vulnerabilidade como força.


Modelo em desfile McQueen (Foto: reprodução/Instagram/@catwalkmodelsss)

Seán McGirr, ao reinterpretar o legado de Lee Alexander McQueen, demonstra que entende o espírito da casa: a beleza que nasce do caos. E, nesta temporada, o caos veste franjas, couro e coragem. Sua abordagem é menos sobre provocar choque gratuito e mais sobre provocar reflexão  sobre o que o corpo pode comunicar quando é libertado das regras de proporção, pudor e forma.

Matéria do portal InMagazine por Jullya Rocha.