Saúde

Uso medicinal de maconha: conheça os impactos na indústria da saúde

Nos últimos anos, a utilização de maconha para fins medicinais tem causado grande impacto na indústria da saúde e, embora ainda não seja legal em todos os países, a discussão acerca da legalização é cada vez maior.

20 Jun 2022 - 16h53 | Atualizado em 20 Jun 2022 - 16h53
Uso medicinal de maconha: conheça os impactos na indústria da saúde Lorena Bueri

A maconha medicinal (também chamada de “marijuana medicinal”) é um termo que designa os derivados da planta Cannabis sativa que são usados para aliviar os sintomas causados por determinadas questões médicas. É conhecida também como “cannabis medicinal”.

Em geral, os investigadores consideram que medicamentos como os que utilizam substâncias químicas purificadas derivadas ou baseadas na planta de “marijuana” são mais promissores do ponto de vista terapêutico do que o uso da planta de maconha inteira ou seus extratos crus.

A produção de medicamentos com substâncias derivadas de plantas como a marijuana oferece inúmeros desafios. Esses derivados podem conter centenas de elementos químicos ativos e desconhecidos, podendo tornar difícil a produção de um produto com doses corretas e uniformes dessas substâncias.

O uso da marijuana como medicamento também representa outros problemas, como os efeitos nocivos do tabaco e a deterioração cognitiva induzida pelo THC. No entanto, os Estados têm se mobilizado cada vez mais para legalizaram o fornecimento de marijuana ou os seus extratos a pessoas que sofrem de vários distúrbios de saúde.

A Dra. Rebecca Abraham, diretora de uma clínica de tratamento por meio da maconha medicinal nos EUA, explica: "Temos vários estudos que mostram que a cannabis (o Tetraidrocanabinol (THC) e o Canabidiol (CBD)) pode ser eficaz para o controle da dor, pois ambos são anti-inflamatórios”, diz.

Segundo a doutora, a inflamação pode causar dor e é visto em doenças como a doença inflamatória do intestino, artrite e lúpus. Medicamentos do gênero podem ajudar a controlar a dor através de mecanismos anti-inflamatórios também – mas podem ter efeitos colaterais graves com o uso em longo prazo.


Planta de maconha em cultivo para fins medicinais. (Foto: Reprodução/HVD)


O THC é o produto químico que causa a chamada “onda" que ocorre com o consumo de maconha. As versões mais comuns do CBD têm pouco ou nenhum THC, por isso os pacientes relatam muito pouca ou nenhuma alteração na consciência.

Os pacientes, porém, relatam muitos benefícios do CBD, de aliviar a insônia, ansiedade e dor para tratar condições potencialmente fatais, como a epilepsia. Enquanto a maconha não é forte o suficiente para dor severa (por exemplo, dor pós-cirúrgica ou um osso quebrado), é eficaz para a dor crônica que afeta milhões de pessoas, especialmente à medida que envelhecem.

No entanto, uma preocupação relacionada com a "marijuana medicinal" é que pouco se sabe a respeito do efeito em longo prazo que o seu consumo pode ter nas pessoas que são mais vulneráveis devido à sua saúde ou à sua idade, como os adultos idosos ou os pacientes de câncer, doenças cardiovasculares, esclerose múltipla ou outros distúrbios neurodegenerativos.

Muitos pacientes encontram-se na situação de querer aprender mais sobre maconha medicinal, mas se sentem envergonhados de levar isso ao seu médico. Isso se deve, também, ao fato de parte da comunidade médica ter ignorado essa questão.

Os médicos estão agora tentando recuperar o tempo perdido e a antecipar-se ao conhecimento dos seus doentes sobre o tema. Outros pacientes já estão usando maconha medicinal, mas não sabem como contar aos seus médicos sobre isso por medo de serem repreendidos ou criticados.

Será necessário continuar a investigação para determinar se as pessoas cuja saúde é afetada por uma doença ou o seu tratamento (como a quimioterapia) correm um maior risco de sofrer efeitos adversos do consumo de maconha.

Foto destaque: Uso medicinal de maconha impacta indústria da saúde. Reprodução/PRD

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