O Telegram, aplicativo de mensagens, registrou mais de 70 milhões de usuários novos durante o colapso das redes sociais na segunda-feira (4). Segundo Pavel Durov, fundador do aplicativo, a taxa diária de crescimento ultrapassou o normal por uma ordem de magnitude. "Acolhemos mais de 70 milhões de refugiados de outras plataformas em um dia", disse ele.
O aplicativo concorrente do Whatsapp também registrou instabilidades, porém Durov explica que essas falhas ocorreram devido ao grande número de pessoas registrando-se ao mesmo tempo. Uma das principais reclamações registradas foi a lentidão para envio de mensagens, porém apesar das mais de 1.100 notificações de erros, a plataforma de mensagens serviu como suporte para muitos usuários impactados.
A utilização de plataformas alternativas como 'refúgio' reduziu os impactos do pane das redes sociais. Reprodução: Ulrich/Pixabay
No inicio do ano, o Telegram já havia batido recorde de downloads após mudança de regras no Whatsapp. As novas normas exigiam compartilhamento de dados do usuário com o Facebook, algo que desagradou muitas pessoas. Só nessa ocasião o Telegram já havia ultrapassado os 500 milhões de ativos mensais.
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A parada de funcionamento das redes sociais causou prejuízos na negociação de ativos, tanto para criptomoedas ou, até mesmo, o petróleo. A migração rápida para plataformas alternativas, como o Telegram, deu limites aos impactos.
O Twitter e o TikTok também foram outras plataformas que serviram de refúgio para quem sentiu o impacto do 'apagão'.
O Presidente Jair Bolsonaro aproveitou o momento de pane para divulgar seu canal do Telegram, seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ) também seguiu os passos do pai. "WhatsApp caiu? Faça parte do meu canal do Telegram e não perca nenhuma notícia", escreveu Flávio na sua conta do Twitter.
Foto destaque: Telegram recebeu mais de 70 milhões de usuários novos durante 'apagão' do Whatsapp . Reprodução/Umit Solmaz/Pixabay