Raul Araújo, ministro do Tribunal Superior Eleitoral, foi responsável pela decisão que determinou a retirada do ar de um site com dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro (PL). O pedido foi feito pela própria campanha de Bolsonaro, alegando que "o site "induz o engajado eleitor, sequioso (que tem vontade) de participar do pleito eleitoral na condição de possível fiscal da Coligação Representante, a fornecer dados pessoais cuja destinação não se conhece", disse a equipe ao TSE.
O site defendia que tinha como objetivo ajudar a campanha e fiscalizar as eleições do próximo domingo (30). "Elaboramos um plano para facilitar a gestão dos fiscais, delegados, advogados e voluntários que ajudarão nos trabalhos realizados no dia da votação. As informações constantes do formulário servirão para registrar você como participante da equipe que ajudará na reeleição de Bolsonaro presidente. Portanto, somente o pessoal da coordenação da campanha terá acesso aos dados."dizia o site "Fiscais do Mito".
Prints da campanha Fiscais do Bolsonaro. (Foto: Reprodução Youtube)
Existe um site ligado ao PL para inscrição de voluntários, mas não corresponde ao endereço citado na ação."Determina-se que a empresa Google suprima o acesso ao site www.fiscaisdomito.com.br através dos resultados de pesquisa em sua plataforma, bem como omita qualquer menção a referido domínio ou palavra “fiscais do mito”, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais)”, declarou o ministro sobre a decisão.
O site oficial para cadastrar fiscais nessa campanha foi divulgado na sexta-feira (21), feito pelo Partido Liberal, onde é necessário informar dados como local de votação e perfis em redes sociais para participar. “Do início da votação até a hora de abrir as urnas da sua cidade, você será os olhos e o coração do presidente na sua seção eleitoral. Contamos com você nessa missão pelo bem do Brasil”, menciona o vídeo. A polêmica mostra o quanto as redes sociais e a internet em geral se tornaram grandes armas políticas no momento da campanha eleitoral.
Foto destaque: Site criado para obter dados de eleitores do Bolsonaro. Reprodução Twitter.