Ahmed Ogwell, diretor interino da principal agência de saúde pública da África nesta quinta-feira (26), que houve uma divisão desigual das vacinas entre países ricos e pobres durante a pandemia de Covid-19 e disse esperar que o mesmo não aconteça com o surto de varíola em macacos que ocorre atualmente no país.
Os casos de varíola em macacos já é considerado endemia em diversos países africanos como Nigéria, Camarões e República Democrática do Congo, preocupando a população que teme a transmissão do vírus para humanos.
Os casos atuais geraram alerta global após mais de 200 casos suspeitos da doença serem confirmados em pelo menos 19 países desde o começo de maio, no entanto, nenhuma morte foi identificada até o momento.
Exames de detecção de varíola (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
A taxa de letalidade da varíola de macacos é relativamente baixa, girando em torno de 6%, sendo muito inferior à mortalidade da varíola humana, que podia chegar até a 30%.
Entretanto, não existe uma vacina para combater especificamente o vírus, mas especialistas acreditam que a eficácia do imunizante para varíola humana seja alta, de 85%, devendo-se ao fato de os vírus serem muito semelhantes.
Nesta terça-feira, (24), a Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que os riscos de transmissão da doença são baixos e que o surto ainda pode ser controlado, ainda de acordo com a organização, os sintomas da enfermidade incluem febres e lesões na pele e sua transmissão se dá por meio do contato com a pele ou por partículas transmitidas pela respiração.
A varíola dos macacos é uma doença silvestre que possui um período de incubação de cerca de 13 dias, descoberta por especialistas em um laboratória na Dinamarca em 1958 e apesar de ser comumente relacionada a macacos, segundo a OMS, ratos e cães-de-pradaria também pode ser contaminados pela varíola.
Foto Destaque: Mulher com varíola. Reprodução/TecMundo