Nesta sexta-feira (07), em um pronunciamento à imprensa, a senadora e ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) oficializou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro aconteceu após eles terem se reunido informalmente em São Paulo para um almoço na última quarta-feira (05) para acertar a possível aliança.
Depois da conversa, ela sinalizou que o acordo tinha sim sido bem sucedido, porém a campanha dela condicionou que a expressa manifestação do acordo ocorresse somente caso cinco propostas sugeridas pela senadora no primeiro turno da campanha fossem incorporadas ao plano de governo da Federação partidária Brasil da Esperança. Lula afirmou que as propostas acrescentadas ao programa são um compromisso de governo.
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“Hoje eu estou aqui muito feliz para dizer que o presidente Lula, a sua equipe econômica, de assessores, acaba de receber e incorporar todas as sugestões que fizemos no nosso programa de governo ao seu programa de governo. Com isso, o que nós estamos dizemos aqui é que pensamos da mesma forma o Brasil que queremos”, disse Tebet.
Simone ficou em terceiro lugar na votação, realizada no último domingo (02), com 4,9 milhões de votos (4,16%). No anúncio, além da senadora, estava ao lado de Lula o candidato a vice Geraldo Alckmin (PSB). "Nós hoje estamos reunidos porque o que nos une é o nosso amor mais profundo ao Brasil, o nosso respeito incondicional à democracia, aos valores e princípios estabelecidos na Constituição”, lembrou.
“Agradeço sua generosidade e sua proposta é assimilável. Espero você junto para executar, quero falar da [sua] grandeza. Não era previsível que aparecesse uma mulher, lá de Três Lagoas, que tivesse marca tão profunda. O Brasil ganhou com sua campanha. Mulheres ganharam. Sua campanha servirá de lição para que nenhuma mulher se sinta inferior em nenhuma disputa. Você não tem noção da sua importância”, afirmou o ex-presidente.
Simone foi protagonista e a grande aposta dos partidos do centro democrático para se tornar uma opção viável a polarização, e disse mantém às críticas ao ex-presidente apesar da sinalização positiva. Ela afirmou que entende que o PT seja contra o teto de gastos, mas acha necessário ter uma âncora fiscal "mínima". Assim como Ciro Gomes (PDT), a candidata também foi crítica com o petista por pedir voto útil para que a eleição terminasse no 1º turno.
Foto Destaque: Lula e Tebet de mãos dadas em frente aos púpitos onde anunciaram a aliança. Divulgação/Ricardo Struckert