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Sem Auxílio Emergencial, rendimento médio do brasileiro tem queda recorde em 2021

Dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a renda do brasileiro se deteriorou diante da crise provocada pela pandemia do coronavírus.

10 Jun 2022 - 16h20 | Atualizado em 10 Jun 2022 - 16h20
Sem Auxílio Emergencial, rendimento médio do brasileiro tem queda recorde em 2021 Lorena Bueri

Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Estatística mostram que a renda dos brasileiros se deteriorou diante da crise causada pelo coronavírus. A renda mensal real da população, assim como a renda domiciliar per capita por habitante, sofreram queda e atingiram o menor patamar da história do instituto, que se inicia em 2012.

A pesquisa aponta queda generalizada entre as diferentes fontes que compõem a renda brasileira de 2020 a 2021 e destaca a dimensão do impacto do auxílio emergencial no contexto da pandemia. O benefício traz a renda dos domicílios per capita ao menor nível histórico, além de aumentar o número de pessoas vivendo sem nenhum tipo de renda no país. A renda média real mensal é calculada pelo IBGE considerando apenas as pessoas que possuem um determinado tipo de renda, seja qual for a sua fonte.


Evolução do rendimento médio mensal real no Brasil. (Foto: Reprodução/IBGE)


De acordo com o levantamento a renda média real mensal de todas as fontes no país traspassou de R$ 2.386 em 2020 para R$ 2.265 em 2021, o menor valor desde 2012, quando teve início a série histórica da investigação foi estimada em R$ 2.369 inflação do período). Essa queda corresponde a 5.1%, considerada a mais intensa da série.

A maior queda na renda mensal real doméstica até então foi de 3,4% registrada entre 2019 e 2020, quando todas as fontes de renda são consideradas. No entanto, apesar do aumento do número de empregados no mercado de trabalho, estabeleceu um novo recorde. De acordo com o levantamento a proporção de pessoas com renda efetivamente recebida pelo trabalho traspassou de 38,7% para 40,2%. Apesar disso A renda média obtida pelos trabalhadores caiu 4,6%.

"O aumento do emprego se deu pela informalidade e a renda do trabalho informal não foi suficiente para aumentar a renda média", explica a analista da pesquisa Alessandra Scalioni Brito. A proporção de pessoas com diferentes rendas, incluindo programas de auxílio como o bolsa Descendência e o Auxílio Emergencial, caiu de 14,3% para 10,6%, uma queda de 30,1% em média nessa fonte de renda.


 

Variação do rendimento médio mensal real, por tipo de rendimento. (Foto: Reprodução/G1/IBGE)


“Esta ajuda tem sido uma espécie de amortecedor para o declínio da renda do trabalho durante a pandemia. Foi esse colchão que deteve o impacto em 2021, quando ele começou a ser retirado em 2021, causou essa queda generalizada no país". Avaliou a  analista de pesquisa, Alessandra Scalioni Brito.

Impacto do Auxílio Emergencial

Em 2020, outras receitas aumentaram em 12,3 em relação a 2019 devido ao escopo da assistência emergencial, que beneficiou cerca 68 milhões de brasileiros. Após o primeiro ano da pandemia, o número de beneficiários foi reduzido em aproximadamente 30% devido a mudanças nos critérios de pagamento.

Além de beneficiar menos pessoas, a disponibilidade do auxílio emergencial também foi reduzida. Quando ele começou a ser pago, tinha uma base de R$ 600 e chegou a 1.200 para mães solteiras Em 2021, aumentou para R$ 150 para solteiros, R$ 250 para casais e R$ 375 para mães que sustentam suas famílias individualmente. Nesse contexto, a proporção de pessoas com algum tipo de renda no país aumentou de para 59,8% – mesmo percentual de 2012, o fundo da série histórica da investigação.

Essa diminuição ocorreu apesar do aumento da proporção de pessoas com renda de trabalho, que passou de 40,1% em 2020 para 41,1% em 2021. O percentual de brasileiros com renda de outros aumentou de 28,3% para 24,8% no período. As chamadas “outras fontes” incluem aluguel, pensão, pensões e outras incluindo programas de assistência governamental – é na fonte que se observa a maior queda intensa nas pessoas que a receberam.


Distribuição (em %) das pessoas por tipo de rendimento recebido. (Foto: Reprodução/G1/IBGE)


Tombo recorde da renda domiciliar per capita

Neste contexto, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi estimado em R$ 1.353, o menor valor em uma década. Se excluirmos o efeito da inflação, isso significa que os brasileiros receberam cerca de 100 reais do que em 2020, representando um decréscimo de 6,9 ​​- o mais intenso da série histórica da pesquisa.


 Rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi estimado em R$ 1.353, o menor valor em uma década. (Foto: Reprodução/G1/IBGE)


Antes, a queda mais acentuada havia sido de 4,3 registrada na transição de 2019 para 2020. Em relação a 2012, no início da pesquisa, a renda média per capita era de R$ 64, correspondendo a uma redução de 4,5%. A renda do trabalho ganhou peso na composição da renda familiar per capita – a deles caiu de 72,8% em 2020 para 75,3 em 2021, enquanto a de outras fontes é de 27,2% para 24,7%. Essa mudança foi impactada diretamente pelo auxílio emergencial.

 

Foto destaque: 50 reais em espécie como ilustração. Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

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