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Segundo cientistas políticos, abstenções no Sudeste podem definir o 2º turno das eleições

A região Sudeste é a que possui maior faixa de indecisão e abstenção para o 2° turno eleitoral no país. Especialistas dizem que a mesma precisa ser mais explorada pelos candidatos nesta reta final de campanha.

24 Out 2022 - 16h07 | Atualizado em 24 Out 2022 - 16h07
Segundo cientistas políticos, abstenções no Sudeste podem definir o 2º turno das eleições Lorena Bueri

De acordo com os cientistas políticos Carlos Ranulfo e Bruno Bolognesi entrevistados pela CNN, eleitores indecisos e abstenções são a provável faixa da população que podem definir as eleições.

Segundo Ranulfo, a região Sudeste é a que mais precisa ser abordada pelos candidatos nesta reta final de campanha.

“É possível ganhar votos dos indecisos. Essa faixa, que é uma faixa pequena, é a que tem que ser atingida. E, no Sudeste, os indecisos podem decidir as eleições, já que nas outras regiões o quadro está muito estabilizado [...] É muito difícil que Bolsonaro diminua a diferença no Nordeste. Centro-Oeste e Sul, Bolsonaro ganha. No Norte há um empate, mas o eleitorado é muito pequeno. Então sobra o Sudeste”, disse Ranulfo.

O cientista político também destaca a importância de Minas Gerais no resultado do 2º turno.

“Em Minas Gerais, Lula ganhou no primeiro turno, e por isso a investida de Bolsonaro lá. Dado o equilíbrio que as campanhas mostram, quem ganhar em Minas tem grandes chances de ganhar no Brasil” finaliza.


                                   

                                                  Lula (esquerda) e Bolsonaro (Direita) (Foto:Reprodução/Yahoo)


Para Bruno Bolognesi, Jair Bolsonaro pode ter sua campanha favorecida pelas abstenções de voto.

“A abstenção tende a favorecer Bolsonaro, porque quem se abstém mais nas eleições são normalmente os eleitores de baixa renda e baixa escolaridade, que tendem a votar no Lula. Então, sim, ela pode favorecer o Bolsonaro, mas ela também pode prejudicar, já que ele precisa converter muito voto”, disse Bolognesi.

A respeito da ação de gratuidade dos transportes públicos no dia da eleição, o especialista elogia, mas diz não acreditar que a iniciativa altere o cenário atual.

“Eu acho a iniciativa louvável — qualquer iniciativa para facilitar a participação do eleitor me parece muito razoável —, mas eu não acho que isso tenha um potencial de mudar o resultado”, completou.

O segundo turno das eleições acontece no próximo domingo, 30 de outubro, onde concorrem a Presidência da República o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

(Contém informações do site CNN)

Foto Destaque: Cabine de Votação / Reprodução:  AGF

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