Conhecida popularmente como “pressão alta”, a hipertensão arterial atinge mais de 38 milhões de pessoas no Brasil, de acordo com o ministério da saúde. Essa condição é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de outros problemas de saúde, como doenças renais e cardiovasculares.
Assim como a diabetes, a hipertensão foi considerada o principal fator de risco de saúde no Brasil, de acordo com resultados da pesquisa Vigitel, um dos mais amplos inquéritos de saúde no País. De acordo com estimativas do Ministério da saúde, em 2019 a pressão alta foi responsável por 110,5 óbitos a cada 100 mil habitantes no Brasil.
Na terça-feira (26), Dia Nacional da Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, especialistas afirmam que a prática de hábitos saudáveis podem contribuir para a prevenção e controle da doença.
Pessoas consideradas hipertensas apresentam pressão igual ou maior que 14 por 9. Os sintomas mais comuns são: falta de ar, tontura, palpitações, dor de cabeça e alteração na visão.
A hipertensão geralmente é silenciosa, sendo necessário a realização de aferição periodicamente. O ideal é que pessoas acima de 20 anos devem realizar o procedimento ao menos uma vez por ano. Caso haja histórico na família, deve-se medir no mínimo duas vezes nesse período. A aferição permite diagnóstico oportuno da doença em consultas médicas de rotina.
É possível medir a pressão arterial em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento e acompanhamento de controle da doença. Basta apresentar documento de identidade com foto,CPF e receita médica para a retirada de medicamentos, o prazo de validade é de 120 dias.
O desenvolvimento da hipertensão pode ser influenciado não só pelo histórico familiar, mas pela obesidade, estresse e envelhecimento. Fernando Menezes, médico cardiologista da Medicina Interna Personalizada (MIP), afirma que o sedentarismo também é um dos fatores relacionados à doença.
(Foto: Reprodução/GrupoBiocentro)
“Os principais hábitos que contribuem para reduzir o risco de hipertensão são principalmente perda de peso, em indivíduos com sobrepeso ou obesos, realização regular de atividades físicas, preferencialmente diária, e dieta com pouco sal, além de evitar alimentos gordurosos, refrigerantes e redução do consumo de álcool e cigarros”, afirma Menezes.
O uso excessivo de sal e o uso de produtos alimentícios processados e embutidos também contribuem de forma significativa para a hipertensão.
“Um sério problema comportamental é o consumo excessivo do sal de cozinha. A população brasileira consome em média 12g de sal por dia. A redução do consumo do sal associado à perda de peso são mudanças comportamentais essenciais no tratamento e prevenção da hipertensão arterial”, diz o médico e cirurgião geral Leonardo Emilio.
“Estima-se que um terço dos casos de hipertensão guarde alguma relação com a obesidade que, por diversos mecanismos, contribui para a ocorrência da doença, sendo considerado um dos seus principais fatores de risco, tanto em adultos como em crianças”, afirma Emilio.
Foto Destaque: Reprodução/NoveDeJulho