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Saiba como foi o primeiro debate entre presidenciáveis do segundo turno

Durante a dinâmica, candidatos se alfinetaram diversas vezes acusando um ao outro de serem mentirosos e corruptos. Dinâmica pôde contar com a participação de jornalistas.

16 Out 2022 - 23h40 | Atualizado em 16 Out 2022 - 23h40
Saiba como foi o primeiro debate entre presidenciáveis do segundo turno Lorena Bueri

Aconteceu hoje, domingo (16), às 20h, o primeiro debate de presidenciáveis do segundo turno entre os candidatos Jair Messias Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O evento foi promovido pela emissora Bandeirantes e exibida nos mais diversos veículos de comunicação, como a CNN e a TV Cultura.


(Imagem/Reprodução: Instagram/@bandjornalismo)


A dinâmica do programa foi: um round de 15 minutos para cada, com autonomia para decidirem como utilizariam esse tempo e o dividiriam entre perguntas, respostas e tréplicas, um round com perguntas feitas por jornalistas em que os dois candidatos respondem a mesma questão proposta, um round que seria da mesma forma que o primeiro, em que ambos possuem 15 minutos e as considerações finais de cada candidato.

A primeira pergunta foi feita por um dos jornalistas apresentadores do debate, que funcionou como método de abertura para o primeiro round. Lula abre seu tempo perguntando sobre abertura de universidades no governo atual, e o candidato Jair Bolsonaro começa falando que o auxílio emergencial é diferente do auxílio Brasil, e comenta que todo o partido do PT votou contra na câmara. Porém, de acordo com o programa de checagem dos fatos do Estadão, essa informação não é verídica. Confira o trecho de uma matéria publicada pelo veículo de comunicação:

“Ao menos dois posts diferentes viralizaram no Facebook esta semana ao acusar o Partido dos Trabalhadores (PT) de ter votado contra o auxílio Brasil, programa que substitui o bolsa família a partir de novembro. Essa ligação, no entanto, é enganosa. Parlamentares do PT tentaram barrar a chamada PEC dos precatórios, não o benefício em si, que foi criado por meio de uma Medida Provisória em agosto que ainda não foi votada no congresso.”

Com isso, ainda no primeiro round do debate, Lula retoma a pergunta inicial feita a Bolsonaro sobre quantas universidades e escolas técnicas haviam sido feitas em seu governo, pois o atual presidente tinha ignorado sua pergunta e falado sobre outros assuntos como o auxílio emergencial e a água para o nordeste. Lula, vendo que Bolsonaro não iria responder, fala que foi aberta apenas uma, e que a abertura desta havia sido proposta na época do governo Dilma, tirando os créditos de Jair pelo feito. O ex-presidente, ainda em seu tempo de fala, comenta sobre a superfaturação na compra de vacinas, que é investigado até hoje pela CPI da Covid, e fala de como o presidente debochou da doença e imitou pessoas com falta de ar durante o período pandêmico, além de o acusar de ser um “vendedor de remédios que não serviam para nada”.

Em continuação ao mesmo round, Bolsonaro fala que falar mentiras estava ficando feio para a idade de Lula. Em resposta, o ex-presidente fala que feio era impor um sigilo de 100 anos, e acusa o presidente de ser o rei das fake News e da estupidez. Quando Bolsonaro inicia uma conversa sobre segurança, o candidato rival fala que em seu antigo governo foram criadas cinco prisões de segurança máxima, e que no atual não foi criada nenhuma. Além disso, completa sua fala dizendo que foi o governo que mais investiu no exército brasileiro. Desmentindo as mentiras contadas pelo presidente, Lula fala que levou sim água pro Nordeste e que seu projeto de transposição do Rio São Francisco ficou em 88% quando ele deixou o governo, e Bolsonaro, que havia participado dos 3% finais do projeto iniciado pelo governo do PT, queria receber créditos.

Após o intervalo, foi a vez dos jornalistas fazerem suas perguntas aos candidatos. Esse segundo round se iniciou com uma questão de Vera Magalhães, jornalista agredida verbalmente por Jair Bolsonaro no primeiro debate da Band, e foi a respeito da separação dos poderes. Logo em seguida, Rodolfo Schneider, mesmo jornalista que fez a pergunta sobre a continuação do auxílio Brasil e de onde viria o dinheiro para este, no primeiro debate. Ele perguntou sobre economia, privatização e política de preços. Nesta pergunta, o presidente Jair Bolsonaro colocou a culpa dos altos preços dos combustíveis na guerra da Ucrânia e na pandemia, e disse que isso fez os preços estourarem, mas que já estavam abaixando pois ele havia aberto mão dos impostos e decretado o teto do ICMS. Além disso, o presidente comentou que os preços do supermercado haviam abaixado cerca de 20% nos últimos tempos.  Porém, a informação correta, de acordo com a CNN, é de que a baixa foi de quase 10%, e não 20% como o presidente comentou. Confira o trecho da matéria publicada pelo portal:

“A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) registrou uma queda de 9,89% no preço de doze itens da cesta de alimentos básicos de largo consumo. A pesquisa, divulgada em primeira mão à CNN Brasil, compara setembro com o último levantamento, que ocorreu em julho deste ano. Em agosto, não houve coleta de dados.”

Lula, em resposta a Rodolfo Schneider, se diz contra a privatização. A próxima jornalista a perguntar foi Patrícia Campos Mello, que questionou os candidatos se haveria alguma proposta para que acabasse a repercussão de fake News, pois já haviam acontecido vários casos de mentiras publicadas nas duas campanhas eleitorais. Lula, em resposta, fala que Bolsonaro brinca de contar mentira e que em seu governo a verdade prevaleceria. Já Bolsonaro, aproveita a deixa para comentar sobre a recente decisão do Alexandre de Moraes de retirar os vídeos de Bolsonaro falando sobre “pintar um clima” com venezuelanas de 14 anos, pois haviam sido retirados totalmente de contexto por membros do Partido dos Trabalhadores.

A pergunta seguinte foi feita pelo jornalista Josias de Souza, que questionou os candidatos sobre como iriam governas sem comprar apoio legislativo com o “petrolão” do Lula e o “orçamento secreto” de Bolsonaro. Neste momento, Bolsonaro profere uma frase que tem repercutido bastante nas redes sociais. Confira o momento num tweet de Guilherme Boulos:


(Reprodução: Twitter)


O último jornalista a perguntar foi Tayguara Ribeiro, sobre educação e desigualdade entre classes e etnias, que ficaram ainda mais evidentes após a pandemia devido a defasagem na educação. Lula disse que se for eleito, vai lutar e organizar mutirões de professores para que eles consigam alcançar cada vez mais jovens e diminuir essa defasagem. Já o atual presidente, falou que já está batalhando contra isso e disse: “A gente não fala o que vai fazer. A gente mostra o que está fazendo”.

Após mais um intervalo, deu-se início ao terceiro round que compartilha da mesma dinâmica do primeiro, com 15 minutos para cada candidato utilizar da forma que preferir. O momento se iniciou com Bolsonaro perguntando sobre o “petrolão” e proferindo palavras de baixo calão ao seu candidato rival, o que não havia acontecido até o momento. Lula responde dizendo que não vê problemas em explicar o petrolão pois seu governo foi o “portal da transparência”, e traz mais acusações ao atual governo, falando que o mesmo não era transparente principalmente devido ao sigilo de 100 anos imposto por Bolsonaro. Nesse momento, Lula e Bolsonaro se encaram, confira o momento:


(Vídeo/Reprodução: Youtube)


Durante o andamento do debate, ambos se acusam incessantemente de mentiras e fake News. Após esse momento, várias pautas são mencionadas por eles, como o aumento do salário mínimo (pergunta direcionada a Jair Bolsonaro), sobre quem será o ministro da economia caso eleito (pergunta direcionada a Luiz Inácio Lula da Silva). Num dado momento, Lula acusa Bolsonaro de estar “brincando de desmatar”. Com isso, Bolsonaro fala que o governo de Lula desmatou 2,5x mais que o seu governo, porém, é fato que o Partido dos Trabalhadores levou o desmatamento de 25 mil quilômetros quadrados para apenas 4.500 km². Já o governo de Bolsonaro alavancou esse número novamente para 13 mil km².

Lula, em sua vez de fala, citou o garimpo ilegal e comentou sobre uma proposta de seu governo para dar voz aos indígenas, que, no caso, indicariam um ministro para o país caso o ex-presidente for eleito, e completa sua fala dizendo que Bolsonaro não teve o menor respeito pela Amazônia. Com o fim do tempo de fala do Lula, restaram aproximadamente 5 minutos para Bolsonaro falar, e foi comentado sobre desrespeito à religião, liberação de drogas e Bolsa Família. Além de assuntos como corrupção e várias acusações ao ex-presidente. Luiz Inácio pede direito de resposta, que lhe foi concedido, logo após o tempo de Bolsonaro também chegar ao fim.

Após esse momento, passaram para a próxima etapa das considerações finais. Confira os últimos comentários feitos no debate por cada um dos candidatos do segundo turno:

Bolsonaro:


(Vídeo/Reprodução: Youtube)


Lula:


(Vídeo/Reprodução: Youtube)


A votação para o segundo turno será no dia 30 de outubro. A apuração para decisão de quem será o mais novo presidente da república ocorrerá no mesmo dia logo após o fechamento das urnas.

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Foto Destaque: Debate de presidenciáveis do segundo turno na Rede Bandeirantes. Imagem/Reprodução: Instagram/@bandjornalismo

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