Nesta sexta-feira a Rússia teria destruído a arma que seria utilizada pela Ucrânia em uma tentativa de tomar o controle da usina que está sob o domínio russo desde março.
Este complexo é o maior da Europa. Os riscos de um acidente nuclear na região próxima a usina são imenso, mas os dois países se acusam de ataques. Desde março deste ano a Rússia ocupou e militarizou o local. O complexo é composto de seis reatores ucranianos, responsáveis pelo fornecimento de 20% da energia ucraniana.
Durante o período de ocupação o complexo teve o fornecimento interrompido várias vezes, mas foi reconectado nesta sexta-feira, segundo informações da Energoatom, a agência de energia atômica da Ucrânia.
Um incêndio em uma usina de carvão próxima teria provocado o desligamento, para evitar superaquecimento, pois houve falha no fornecimento de água, que poderia interferir nos sistemas de resfriamento, colocando em risco todo o complexo.
Usina Nuclear de Zaporíjia.(Foto: Reprodução/REUTERS/ALexander Ermochenko)
Inspetores da Agência Internacional de Energia atômica, a AIEA, receberam autorização da Rússia e da Ucrânia para visitar a usina, mas segundo informações, Kiev acusa Moscou de não permitir inspeções, que não são realizadas desde fevereiro.
De acordo com a conselheira do Ministério da Energia Ucraniana, Lana Zerkal, a Rússia impede que o comboio chegue até a central.O mundo teme que ocorra uma catástrofe caso ocorra um bombardeio que atinja a usina nuclear, o que causaria um desastre semelhante ao de Chernobyl ou pior.
O complexo possui operários ucranianos, cuidando do correto funcionamento dos equipamentos, mas cerca de 500 militares russos estão ocupando o local, que também serve de depósito para armazenamento do material bélico russo utilizado em combate.
O risco ainda existe, e ambos os países alegam ataques nas proximidades da usina, o que deixa o mundo em alerta. Ninguém deseja um desastre ambiental nuclear.
Foto Destaque: Usina. Reprodução/Future Publishing/Getty Images