A regulamentação do mercado dos ativos é uma discussão proeminente dados os últimos acontecimentos no mercado de ações de criptomoedas. Com a instabilidade da stablecoin terraUSD, que foi feita para se manter em semelhança ao preço do dólar e hoje vale cerca de US$0,08, críticos do mercado de cripto apelam por políticas em relação ao setor.
Contudo, o clima de pânico sobre o despencamento de ações do mercado de criptomoedas pode nos trazer um futuro para as coins não tão promissor. Um desses fatores seria que entre todos os ativos que são atrelados ao dólar americano, o terraUSD seria a única exceção atual que não conseguiu manter seu valor. As principais stablecoins no mercado como USD coin (USDC) e pax dollar (USDP) mantiveram seu preço de US$ 1 por unidade, mostrando a estabilidade dos ativos mesmo em um mercado atualmente ameaçado.
Do Kwon, criador do terraUSD. Reprodução: Woohae Cho/Bloomberg
Também é importante ressaltar que muitos planos de regulamentação do mercado online de cripto levaram a quedas bruscas nos números de ações. Quando a China, por exemplo, baniu algumas exchanges de moedas em 2018, o preço do bitcoin chegou a despencar em 10%, caindo ainda mais 5% quando o país tornou as atividades privadas de ativos ilegais ano passado. Apenas com a ameaça do governo americano sobre ações punitivas contra um grupo de criptomoedas em 2018 o preço do bitcoin chegou a cair em 36%.
O projeto de lei que pretende regulamentar as stablecoins nos EUA permite que os emissores de stablecoin escolham uma licença federal do OCC (Office of the Comptroller of the Currency) ou de transmissão ou emissão de dinheiro da moeda de um estado a outro. O projeto também permite que os bancos emitam stablecoins, se criarem entidades legais para as stablecoins separadas dos fundos dos depositantes.
O cenário ideal atualmente seriam políticas regulatórias que foquem mais nas prevenções e punições sob fraudes, deixando os consumidores e empreendedores livres para correrem o próprio risco e movimentarem o mercado que financiam.
Foto Destaque: Criptomoeda Bitcoin. Reprodução/REUTERS/Edgar Su