O cenário desafiador da Covid-19 trouxe crises econômicas e sociais para o mundo inteiro. O crescimento de transtornos psicológicos como a angústia, desamparo, ansiedade e depressão são sinais de alerta para especialistas. Segundo a pesquisa da SulAmérica, realizada pelo Instituto FSB, 53% dos brasileiros consideram que houve uma queda na saúde mental durante a pandemia. Seis em cada dez pessoas que fazem terapia hoje em dia começaram a se consultar com psicólogos durante este período.
A busca por ajuda psicológica dobrou devido a fatores de estresse. O medo de contrair coronavírus, o luto pela perda de entes queridos e os problemas profissionais e econômicos são os responsáveis pela falta do bem-estar mental.
A nova rotina de trabalho também é um fator que contribui para o desgaste emocional. O sistema híbrido ou home office tem sido uma solução adotada por muitas empresas durante a pandemia. Novas demandas surgiram, os limites entre casa e trabalho ficaram confusos e os casos de burnout (esgotamento profissional) aumentaram. O índice de Bem-Estar Corporativo nas empresas brasileiras, avaliado pelo Zenklub, atingiu apenas 49,25 em 2021, numa escala de 0 a 100, cujo ideal mínimo é de 78.
Jornalista trabalhando de casa ao lado da filha de três anos por conta da pandemia. (Foto: Reprodução/UNICEF/Bruno Amsellem/Divergence)
São quase dois anos de dores e perdas devido a disseminação do vírus da Covid-19. No Brasil, mais de 623 mil vidas foram tiradas pela doença e cerca de 24 milhões de pessoas contraíram o vírus. O coronavírus é uma ameaça constante tanto para a população quanto para a sobrevivência de empresas e empregos. Os brasileiros sofrem com a crise sanitária, a perda de renda e a perda do poder de compra.
Foto destaque: Mulher passando em frete a mural da luta contra a Covid-19. Getty Images/Allan Carvalho/NurPhoto