O dólar mantém alta durante o final de ano. Nesta terça-feira, dia 21 de dezembro, a moeda acumulou uma alta de 10,55%, sendo negociada a 5,738. Em 2021, esse valor fica abaixo apenas da maior cotação do ano, verificado em 9 de março em 5,792 reais.
De acordo com Alfredo Menezes, o sócio fundador da gestora Amor Capital, os pregões das últimas semanas do ano são as piores para a moeda brasileira, em contrapartida, nos meses de janeiro e fevereiro há uma previsão de melhora para o quadro do real. O especialista conclui que o câmbio é mais instável em dezembro devido a complicações sazonais, já que o fim de ano é marcado por uma massa representativa de saídas de recursos do país.
Previsão de redução do dólar em janeiro e fevereiro de 2022. (Foto: Reprodução/Time Rico)
A Armor aponta a possibilidade de o dólar recuar entre R$ 5,30 a R$ 5,50 para os primeiros meses de 2022, acrescentando um diferencial de 20 centavos a menos, e, dessa forma, favorecendo aqueles que buscam realizar viagens internacionais durante o início do próximo ano.
“A taxa de câmbio deve se manter alta (ao menos até as eleições) e sobretudo muito volátil. Não acreditamos que o dólar recue abaixo dos 5 reais – deve seguir perto dos 5,50 a depender do cenário eleitoral”, declaram os analistas da Ouroinvest.
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Apesar das previsões serem de declínio para o valor do dólar no ano seguinte, existem algumas ameaças que podem influenciar negativamente a força do real, por exemplo, o aumento na taxa básica de juros dos Estados Unidos – a maior economia do mundo –, acarretará no enxugo da liquidez do mercado em escala global, e possibilitará a entrada de investimentos mais seguros. Outro agente preocupante é a variante Ômicron, ou qualquer nova variante do COVID-19 que possa surgir. Alguns países da Europa ao anunciaram lockdown, assustaram investidores nos últimos pregões e, consequentemente, enfraqueceu o real.
Foto destaque: Alta do dólar em dezembro. Foto: Reprodução/Remessaonline