Implementado há pouco mais de um ano, o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central do Brasil (BC), vem conquistando os corações dos brasileiros, tornando-se o meio de pagamento favorito para realizar qualquer compra, seja esta de grande ou pequeno porte. De acordo com o Banco Central, mais de 364 milhões de chaves já foram cadastradas em todo o território nacional. Somente no mês de outubro, o número de transações via Pix ultrapassou 1,18 bilhão.
Entre os inúmeros motivos pelos quais a adesão ao novo modelo de pagamento brasileiro foi tão bem sucedida, está o fato de que suas operações são concluídas em poucos segundos e há gratuidade para pessoas físicas. O BC afirma que o Pix foi o sistema de pagamento instantâneo com aderência mais rápida no mundo. Infelizmente, o novo modelo não agradou apenas aos cidadãos de boa-fé, mas também aos criminosos, que cada vez mais se superam em seus golpes. Segundo dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o número de fraudes sofridas por usuários do sistema bancário aumentou em 165% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior.
Recentemente, o Pix alcançou o feito de bater 51,9 milhões de transações em 24 horas (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Confira dicas para se proteger contra possíveis golpes neste fim de ano:
Averigue os dados antes de concluir a operação
Além de permitir transferências por meio das chaves conhecidas - e-mail, CPF, número de celular, chave aleatória - o usuário do Pix também pode escolher efetuar sua transação com um QR Code ou com um código de letras e números. Com isso, muitos estelionatários tentam se passar por pessoas conhecidas a fim de pedir dinheiro emprestado. Geralmente esse tipo de golpe começa com pedidos feitos por aplicativos como WhatsApp ou até mesmo por e-mail, por isso é importante checar o nome, CPF ou CNPJ do destinatário antes de realizar a operação.
Evite cadastrar suas chaves em sites desconhecidos
Outro método bem comum entre os criminosos é atrair as pessoas para falsos links de cadastro de Pix. Desse modo, eles roubam informações pessoais da vítima como CPF e dados bancários, por vezes instalando malwares sem que o usuário saiba. Essa técnica é comumente conhecida como "phishing", ou pescaria em português. Para evitar cair nesse tipo de fraude, é fundamental checar anteriormente os seguintes dados: endereço de e-mail do remetente e link da página do banco citada. Não clique em links antes de averiguar a veracidade da situação.
Tenha cuidado com falsas Centrais de atendimento
Fora das mídias sociais, estelionatários também tentam se passar por funcionários de instituições financeiras a fim de induzir clientes a fornecerem dados sigilosos sobre suas contas ou realizarem procedimentos que permitam aos criminosos acesso total a elas. Com isso, eles conseguem efetuar transações Pix para outras contas de seu interesse. Uma forma de se proteger desse golpe é nunca confirmar dados pessoais por telefone e, caso fique em dúvida, entrar em contato com o canal oficial da instituição financeira.
Foto destaque: Pix. Marcello Casal Jr/Agência Brasil