O mês de novembro marcou a contagem de saques da poupança que iniciou sua série em 1995. O acumulado chega a R$ 109,496 bilhões, marcando o recorde de saques em 2022 e de toda a lista. Ainda sim, o recorde se aplica apenas ao acumulado do ano até agora, no mês de novembro, o número fica em 2º lugar para o mesmo período, já que em 2021 a retirada total foi de R$ 12,377 bilhões a mais do que foi depositado.
Em 2015, ficando em segundo lugar na série histórica, R$ 58,358 bilhões foram retirados da poupança, quase metade do valor acumulado atualmente e com a possibilidade de duplicar este valor com o mês de dezembro.
Em 2022, a poupança teve a captação líquida equivalente a R$ 3,51 bilhões apenas em Abril, diferente de 2020, onde a captação líquida, ou seja, mais depósitos que saques, marcou os incríveis R$ 166,31 bilhões. Esse valor em 2020 se dá pelo depósito do auxílio emergencial que era feito nas poupanças da Caixa Econômica Federal dos beneficiários, além da instabilidade nos títulos públicos.
Sede do Banco Central. (Foto: Reprodução/UOL)
Em 2021, a retirada líquida, os saques ultrapassam os depósitos, foi de R$ 35,5 bilhões. Isto se explica pelo fim do auxílio emergencial e baixo rendimento da caderneta, além do alto endividamento da população.
A elevação nos saques da poupança coincide com a alta taxa inflacionária que só desacelerou em Julho, ainda sim, a alta de preços que teve como impulso a redução de impostos sobre os combustíveis e energia elétrica, além de zerar impostos federais vinculados aos combustíveis até o final deste ano.
A taxa Selic, que se manteve em alta de 13,75% ao ano pelo BC, também se enquadra como motivadora para retirada dos investimentos na poupança, que rende 70% da taxa, mas limitada à 6,17% ao ano, onde investimentos vinculados ao Certificado de Depósito Interbancário ganham como aplicações em renda fixa.
Foto Destaque: Poupança. Reprodução/Suno