Saúde

Pesquisadores brasileiros desenvolvem índice para reduzir atraso de cirurgias eletivas

No início de 2022, cerca de 200 milhões de pessoas mundialmente esperavam para a realização de procedimentos deste tipo, de acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet

14 Nov 2022 - 09h30 | Atualizado em 14 Nov 2022 - 09h30
Pesquisadores brasileiros desenvolvem índice para reduzir atraso de cirurgias eletivas Lorena Bueri

As operações médicas que podem ser agendadas antecipadamente são nomeadas de cirurgias eletivas. No início de 2022, cerca de 200 milhões de pessoas mundialmente esperavam para a realização de procedimentos deste tipo, de acordo com um estudo publicado na revista científica The Lancet, com a colaboração  de especialistas do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (HRAC/Centrinho) da Universidade de São Paulo (USP).

Com o objetivo de fortalecer a realização dos procedimentos e diminuir os atrasos, os especialistas desenvolveram e validaram um Índice de Preparação Cirúrgica Surgical Preparedness Index (SPI), método que classifica especificamente a cirurgia eletiva e a preparação do método anestésico. Para isso, os estudiosos elencaram 23 indicadores globalmente relevantes de preparação cirúrgica em quatro domínios: instalações, pessoal, priorização e processos.

De acordo com a pesquisa, a aplicação do índice permite identificar alvos e subsidiar políticas públicas e investimentos nos níveis regional e local. Os especialistas recomendam ainda que os hospitais devem implementar urgentemente a avaliação anual do indicador e criar planos de ação locais para fortalecer os serviços cirúrgicos eletivos.


Centro cirúrgico(Foto: Reprodução/Pexels)


Embora a espera para a execução de cirurgias eletivas tenha sido acentuada pela pandemia de Covid-19, os pesquisadores salientam que este é apenas um dos fatores de impacto ao serviço.

No mundo, epidemias de gripe e do vírus ebola também representaram efeitos significativos na realização dos processos na última década. Além disso, fenômenos naturais relacionados às mudanças climáticas e situações de conflitos também podem influenciar o andamento do sistema.

“A acumulação de pacientes esperando procedimentos eletivos é agora um dos problemas mais prementes para a saúde global nos próximos dez anos”, destacam os estudiosos.

Os estudiosos afirmam que o processo desenvolvido durante a pandemia foi projetado para ser aplicável a qualquer contexto de pressão do sistema de saúde. A pesquisa salienta que esforços concentrados para lidar com a preparação cirúrgica serão fundamentais para lidar com os crescentes atrasos e mitigar os danos aos pacientes que aguardam a cirurgia eletiva.

 

Foto destaque: Hospital. Reprodução pexels.

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