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Pânico nas ruas de Cabul: Talibãs assumem o poder no Afeganistão

Talibã assume o poder no Afeganistão e pânico domina as ruas de Cabul. Milhares de pessoas correram para o aeroporto de Cabul, para tentar fugir do novo regime que o movimento islamita radical, que retorna ao poder após 20 anos de guerra, promete esta

16 Ago 2021 - 10h47 | Atualizado em 16 Ago 2021 - 10h47
Pânico nas ruas de Cabul: Talibãs assumem o poder no Afeganistão Lorena Bueri

No último domingo (15), o Talibã, grupo que virou sinônimo de radicalismo fundamentalista, voltou ao poder no Afeganistão após 20 anos. Desde 13 de outubro de 2001, suas tropas não entravam em Cabul, quando tiveram que se retirar da capital sob as bombas norte-americanas da chamada Aliança do Norte. A tomada de poder, que ocorreu sem resistência, e a fuga do presidente Ashraf Ghani, ocasionou um grande pânico na cidade, fazendo com que milhares de pessoas seguissem nesta segunda (16) para o aeroporto de Cabul em uma tentativa de sair do país. 

 

A vitória inesperada dos revolucionários, a qual celebraram no domingo à noite ocupando o palácio de Cabul, desencadeou em cenas de desespero e caos no aeroporto da capital, único ponto de saída do país. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram milhares de pessoas aguardando na pista do aeroporto. Diversas pessoas, incluindo os jovens em sua maioria, se agarravam às escadas para tentar embarcar em um avião. 

 

As tropas americanas atiraram para o alto, com o intuito de controlar a multidão, que não acredita nas promessas dos talibãs de que ninguém deve temer o movimento. As milhares de pessoas que enfrentam esse momento com medo, afirmam ter “muito medo”. “Temos medo de viver nesta cidade e estamos tentando fugir de Cabul (...) Como servi no exército, perdi meu trabalho e é perigoso viver aqui porque os talibãs vão me atacar, isso é certo”, declarou à AFP Ahmad Sekib, 25 anos, que se apresenta com um pseudômino. 


Aeroporto lotou com afegãos que buscam fugir do país. (Foto: AFP)


 

Por conta da situação caótica, os voos comerciais foram cancelados. A autoridade aeroportuária e as companhias internacionais suspenderam o sobrevoo do país, a pedido do Afeganistão e devido ao tráfego militar americano.

 

As ruas de Cabul são patrulhadas por talibãs armados, em particular a “zona verde”, antes uma área ultra fortificada, que abriga as embaixadas e as organizações internacionais.  

 

Os talibãs anunciaram a seus combatentes que não é permitido entrar em outras residências sem permissão. “Não se pode atentar contra a vida, a propriedade, a honra de ninguém”, afirmou Suhail Shaheen, um dos porta-vozes do grupo.

 

Nas contas do Twitter favoráveis aos insurgentes, mensagens afirmam que os talibãs foram recebidos de maneira calorosa em Cabul, ou inclusive que as jovens compareceram às escolas nesta segunda. Também indicaram que milhares de combatentes estão chegando à capital para garantir a segurança. 

 

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“Servir nossa nação”

 

Depois de fugir do país, Ghani admitiu no domingo a vitória dos talibãs. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o cofundador dos talibãs, Abdul Ghani Baradar, anunciou a vitória do movimento. “Agora temos que mostrar que podemos servir a nossa nação e garantir a segurança e o bem-estar”, afirmou. 

 

O colapso é total para as forças de segurança afegãs, na qual foram financiadas durante 20 anos com bilhões de dólares do governo dos Estados Unidos.

 

O movimento islamita radical iniciou uma ofensiva em maio, após o início da retirada das tropas estrangeiras, em particular americanas. 

 

Em 10 dias os talibâs tomaram o controle do país, após terem sido expulsos por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, ha 20 anos, devido a sua recusa para entregar o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, após os atentados de 11 de setembro de 2001.

 

A China foi o primeiro país a confirmar que deseja manter “relações amistosas” com o movimento. A Rússia afirmou que a decisão de reconhecer o novo governo dependerá de “suas ações” e informou que seu embaixador se reunirá na terça-feira com os insurgentes. 

 

O ministro da Defesa da Grã-Bretanha, Ben Wallace, considerou que "não é o momento" de reconhecer o regime talibã e também classificou o retorno dos insurgentes ao poder de "fracasso da comunidade internacional".

 


Ruas foram tomadas por talibãs. (Foto: AFP)


 

A chanceler alemã Angela Merkel disse que o governo dos Estados Unidos optou por retirar as tropas estrangeiras devido principalmente a "razões de política interna". "Aconteceu um efeito dominó após a retirada das tropas", afirma.

 

O governo dos Estados Unidos enviou 6.000 soldados ao aeroporto para retirar os funcionários da embaixada e afegãos que atuavam como intérpretes ou em outras funções. Diplomatas e estrangeiros também foram retirados às pressas. A França irá iniciar o processo de saída nesta segunda-feira. A Alemanha quer enviar soldados para facilitar a operação de retirada. 

 

Os cidadãos afegãos e estrangeiros que desejam fugir do Afeganistão "devem ser autorizados a sair", afirmaram os Estados Unidos e outros 65 países em um comunicado conjunto, com a advertência de que os talibãs devem demonstrar "responsabilidade".

 

O Conselho de Segurança da ONU se reunirá nesta segunda-feira a partir das 14H00 GMT (11H00 de Brasília) para debater a situação. Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia abordarão o tema em uma reunião na terça-feira por videoconferência.

 

 

(Foto Destaque: Pânico nas ruas de Cabul: Talibãs assumem o poder no Afeganistão. Reprodução/ AFP)

 

 

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