Saúde

Os desafios para os transplantes de órgãos no Brasil

Apesar do Brasil contar com um dos maiores sistemas públicos de saúde do planeta, o SUS, o número de doações de órgãos ainda é pequena se comparado a quantidade de pessoas que esperam uma doação.

30 Abr 2022 - 14h44 | Atualizado em 30 Abr 2022 - 14h44
Os desafios para os transplantes de órgãos no Brasil Lorena Bueri

Atualmente, o Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, com 88% dos procedimentos financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O que faz do Brasil, em números absolutos, o segundo maior do planeta, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Através do SUS, os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante. 

Já o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é responsável por integrar as secretárias de Saúde de todos os estados e municípios, em uma estrutura unificada, com a intenção de centralizar a notificação de doações e providenciar toda a logística necessária e adequada dos órgãos e tecidos. 

Mas, apesar disso, o Brasil ainda enfrenta dificuldades que envolvem o elemento mais vital e básico para que uma doação aconteça: o doador.  Especialistas já apontaram que um único doador é capaz de salvar até 10 vidas com os seus órgãos e tecidos. 


Monitor cardiovascular (Foto: Reprodução/Unsplash)


"O transplante começa com a doação. Sem doador não tem transplante. Se aumentar o número de doadores, o sistema comporta. Temos muitos centros de transplantadores que poderiam ser mais utilizados do que são, por falta de doação", afirma Paulo Fernandes, chefe da Divisão de Cirurgia Torácica do InCor, em entrevista concedida ao CNN Sinais Vitais.

Muitas vezes uma pessoa morre e grande parte dos seus órgãos continuam perfeitamente saudáveis e prontos para serem doados, porém, a família não concorda com tal prática e impede que isso aconteça. E segundo a legislação brasileira, a família tem a decisão soberana sobre o que fazer com os órgãos do ente falecido. 

"Teve um período que fizeram uma grande campanha na mídia, que todo mundo era doador até prova do contrário. Essa doação presumida. Em alguns países, isso funciona. Argentina e Espanha são assim. No Brasil, faltou um pouco de esclarecimento para a população", afirma Paulo Fernandes. 

Porém, este obstáculo pode ser alterado com o devido esclarecimento e uma abordagem mais explícita da importância da doação de órgãos na grande mídia para que o povo brasileiro entenda como isto pode salvar muitas vidas.

Foto destaque: Equipe médica. Reprodução/Unsplash

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