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Os anéis de Saturno podem vir a desaparecer no futuro

Segundo pesquisas recentes, os anéis provavelmente irão desaparecer em no máximo 100 milhões de anos, por conta de atrito com partículas de meteoroides.

29 Mai 2023 - 17h00 | Atualizado em 29 Mai 2023 - 17h00
Os anéis de Saturno podem vir a desaparecer no futuro Lorena Bueri

Segundo os dados obtidos através de uma pesquisa recente, os famosos anéis de Saturno podem não permanecer visíveis no céu estrelado para que futuros astronômos tenham a experiência de observá-los.

Utilizando os dados adquiridos pela missão Cassini da Nasa, que entrou em órbita do gigante gasoso entre os anos de 2004 e 2017, uma nova análise foi feita em busca de descobrir há quanto tempo os anéis existem e quando é possível que eles possam desaparecer. As descobertas dessa pesquisa foram reveladas em três estudos científicos publicadas em maio. 

Enquanto há um certo consenso de que nosso sistema solar e seus planetas se formaram há praticamente 4,6 bilhões de anos, os cientistas ainda discutem a respeito da idade e possível origem dos anéis de Saturno. Alguns astrônomos também argumentam que os anéis mais brilhantes e gelados do planeta sejam mais novos, justamente pela falta de erosão ou do escurecimento causado pela interação com meteoroides ao longo de bilhões de anos. 

Um dos estudos recentes, publicado na revista Icarus em 15 de maio, parece corroborar com a ideia de que os anéis possam ter vindo a aparecer muito depois da formação inicial de Saturno. Outros dois estudos abordando o tópico foram publicados no dia 12 de maio na revista Science Advances e em 15 de maio, novamente na Icarus, alcançando resultados parecidos.

"A conclusão inevitável é que os anéis de Saturno aparentam ser relativamente jovens em uma escala astronômica, com apenas algumas centenas de milhões de anos", informou Richard Durisen, professor de astronomia na Indiana University Bloomington e autor principal de ambos os estudos publicados na Icarus, através de um comunicado. 

De acordo com Durisen, os sistemas de satélites de Saturno dão pistas a respeito de um possível evento dramático que possa ter acontecido nas últimas centenas de milhões de anos. E se os anéis de Saturno não são tão antigos quanto o próprio planeta, isso pode indicar que algo extraordinário tenha acontecido para formar a tão notável estrutura ao redor do gigante gasoso. Segundo pesquisadores, é até mesmo possível que os anéis ainda estivessem sendo formados quando os dinossauros viviam na Terra, centenas de milhões de anos atrás. 

Os anéis de Saturno são majoritariamente compostos por gelo, com uma pequena quantidae de poeira rochosa criada no espaço pelo impacto de asteroides e micrometeoroides. Esses pequenos fragmentos, parecidos com grãos de areia, se chocam contra as partículas nos anéis do planeta, criando detritos flutuantes conforme o material orbita Saturno.

Durante a visita da Cassini ao gigante gasoso, pesquisadores conseguiram obter dados sobre a quantidade de meteoroides poluindo os anéis, bem como a massa destes e a frequência com que os materiais dele caiam sobre o planeta. Todos esses dados parecem corroborar para a descoberta da idade jovem dos anéis de Saturno. 


Ilustração de Cassini acima de Saturno (Foto:Reprodução/NASA)


Ao longo de um período de 13 anos, o Cosmic Dust Analyzer da Cassini coletou 163 grãos de poeira vindos de fora do sistema de Saturno, permitindo que os pesquisadores pudessem analisar quanta poeira cósmica se acumulou nos anéis de gelo. Os resultados indicam que os anéis são inesperadamente limpos, descoberta que indica a existência jovem dos mesmos, já que caso contrário faria mais sentido haver um excesso de poeira cósmica acumulada. 

E enquanto os meteoroides se mesclam com os anéis, eles naturalmente empurram o material interno do mesmo na direção de Saturno rapidamente. Segundo as observações da Cassini, os anéis estavam perdendo toneladas de massa por segundo e, portanto, eles não tem tanto tempo assim sobrando, em escala astronômica. De acordo com estimativas, os anéis podem continuar existindo por apenas mais algumas centenas de milhões de anos, no máximo. 

Foto destaque: Saturno. Reprodução/NASA.

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