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Organizada do Flamengo recebe homenagem por combate ao discurso LGBTfóbico nos estádios

A 'Nação 12' recebeu homenagens na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por sua contribuição social; torcida organizada do Flamengo aboliu cantos homofóbicos dos estádios desde 2017

20 Mai 2022 - 15h14 | Atualizado em 20 Mai 2022 - 15h14
Organizada do Flamengo recebe homenagem por combate ao discurso LGBTfóbico nos estádios Lorena Bueri

Na última terça-feira (17), a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) homenageou a Nação 12, uma das principais organizadas do Flamengo, por abolir cantos com mensagens homofóbicas nos estádios e ginásios poliesportivos. Há cinco anos a organizada não entoa mais as músicas com teor preconceituoso durante os jogos do Flamengo, se tornando também a primeira torcida do sudeste a tomar a medida.

Os deputados André Ceciliano, do PT, Carlos Minc, do PSB e a deputada Zeidan, do PT, promoveram a Moção de Congratulações e Aplausos da Alerj. Além da Nação 12, outras 24 agremiações também foram homenageadas por suas contribuições sociais, envolvendo organizadas de América, Botafogo, Fluminense e Vasco da Gama. No Evento, Luiz Cláudio, o “Claudinho”, tomou posse da presidência da Associação Nacional das Torcidas Organizadas (Anatorg).

Os parlamentares presentes destacaram a importância da rivalidade sem preconceito, como pratica a Nação 12:

"Não se trata de querer um futebol "chato". Há entendimento de que futebol tem que ter clubismo, rivalidade, cobrança por vibração dos jogadores, que entrem firme nas divididas e que a torcida siga promovendo provocações às torcidas adversárias, desde que não haja preconceito de nenhuma natureza".

A decisão da organizada rubro-negra em acabar com cantos ofensivos ocorreu em 28 de junho de 2017, quando é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. Na época, um manifesto foi publicado pela Barra Brava nas redes sociais, alertando que a agremiação não cantaria mais a música “Vou Descontrolado”, pois certo trecho da canção continha mensagens homofóbicas destinadas à torcida do Fluminense.

"Informamos que 'penduramos' a música que tem o verso com teor homofóbico ao qual nos referimos a um de nossos rivais e pretendemos voltar a cantá-la assim que encontrarmos uma solução para esse trecho", manifestou o perfil da organizada no Facebook, em 2017.

Abaixo, a homenagem da Alerj à Nação 12:


Nação 12 atua como torcida "Barra Brava", modelo popular em outros países da América do Sul. (Foto: Reprodução/GE.globo.com)


A Nação 12 foi fundada em 2009, ano do hexacampeonato brasileiro do Flamengo. Em 2017, a decisão de abolir cantos homofóbicos tornou a organizada a primeira do sudeste a ter esse tipo de atitude. A torcida atua até os dias de hoje em jogos do rubro-negro carioca, se destacando por ocupar parte do setor norte do Maracanã, atuando também em outros estádios e ginásios poliesportivos.

A organizada é responsável por criar a canção “Em Dezembro de 81”, característica em jogos do Flamengo. Hoje, a torcida já se destaca como uma das mais atuantes em jogos do clube carioca.

 

Foto destaque: Nação 12. Reprodução/Twitter

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