Byron Castillo foi cortado da seleção do Equador para a Copa do Mundo no Catar. A situação do atleta está sob imbróglio judicial no Tribunal Arbitral Desportivo. Não houve sanções contra Castillo, mas a equipe perdeu três pontos para as Eliminatórias de 2026.
A Federação Equatoriana de Futebol é obrigada a não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que a FIFA apresentou. O CAS desconhece os princípios jurídicos mais básicos universalmente aceitos, e corre o risco de sofrer punições injustas novamente, diz a entidade no início do posicionamento.
Byron Castillo em ação contra o Chile. Polêmica começou após denúncia chilena
A Federação classificou a situação como dolorosa e criticou duramente as decisões do TAS. Na posição publicada, ele afirma que a agência semeia dúvidas sobre o passaporte de Byron que podem comprometer o progresso da equipe nesta Copa do Mundo. A FEF diz ainda que vai esgotar recursos para reparar esta injustiça.
Esse transtorno começou porque o Chile acusa o Equador de ter utilizado Byron Castillo de forma irregular em oito partidas das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa. O Chile alega que Castillo nasceu na Colômbia em 1995 e não no Equador em 1998. Na acusação apresentada à Fifa, o Chile afirma que Castillo nasceu na Colômbia.
O Tribunal Arbitral do Esporte considerou que a Federação Equatoriana usou documentos falsos ao registrar Byron. O Equador recebeu uma penalidade de menos três pontos - além de uma multa de 100.000 francos suíços - para o Equador.
Veja o posicionamento da seleção equatoriana
'Diante de uma decisão arbitrária do CAS, que ignora os princípios jurídicos mais elementares universalmente aceitos, e diante do risco de sofrer novamente injustas punições, a Federação Equatoriana de Futebol se vê na obrigação de não incluir o jogador Byron Castillo Segura na lista final que foi apresentada a Fifa.
Para ninguém tem sido fácil o processo que como instituição temos tido que atravessar, e muito menos para nosso jogador, que é parte desta família que chamamos La Tri.
Todos os fatos relacionados com o caso foram conhecidos pelos juízes equatorianos, que em quatro oportunidades deram a razão ao jogador, sendo eles as únicas autoridades competentes em nosso país para dirimir essa controvérsia. Cada um dos atos da FEF foram realizados respeitando precisamente o que nosso sistema jurídico dispõe, obedecendo as decisões das autoridades judiciais e administrativas, as quais como Federação estamos obrigados a acatar, mas quando estão em jogo direitos fundamentais do jogador.
Incompreensivelmente, a mesma decisão do CAS - que reconhece a elegibilidade do jogador - semeia, de forma ilegítima, dúvidas sobre o conteúdo de seu passaporte que podem colocar em risco, não só o avanço da seleção nesta Copa do Mundo, como até mesmo comprometer sua participação na próxima edição, sob a sanções que, sem fundamento jurídico algum, foram impostas a FEF.
Embora hoje nossa atenção esteja no Mundial do Qatar, nosso compromisso é esgotar todos os recursos que o direito nos conceder para demonstrar nosso procedimento correto e reparar essa injustiça e dolorosa situação, seja qual for o foro em que devamos fazê-lo.'
Foto Destaque: Equador explica ausência em lista final. Reprodução/Foto: MARCELO HERNANDEZ / POOL / AFP