Nesta terça-feira (13), os irmãos Menendez enfrentam uma audiência que pode mudar os rumos de suas vidas. 35 anos depois de terem assassinado os próprios pais na sala da casa da família em Beverly Hills, nos EUA, a defesa dos envolvidos no caso trabalha para reduzir a prisão perpétua pela qual Lyle e Erik Menendez foram condenados em 1996, sete anos depois do crime.
Ação da defesa
Os advogados tentam viabilizar a libertação imediata dos irmãos, ou ao menos torná-los elegíveis para que os clientes sejam conduzidos à liberdade condicional. Para que a tentativa da defesa seja bem sucedida, é necessário que novas evidências que comprovem que Lyle e Erik eram vítimas de abusos sexuais por seu pai sejam apresentadas.
Em 2024, George Gascón, sob a alegação de haver novas evidências que comprovavam o argumento de abuso sexual sofrido pelos irmãos, solicitou uma nova sentença do caso. O ex-promotor do condado de Los Angeles, na Califórnia, argumenta ainda que os envolvidos no caso possuiam menos de 26 anos de idade em 1989, e assim, poderiam ganhar liberdade condicional. Gascón acredita também que, para a sociedade, as dívidas de Erik e Lyle já foram pagas.
Casa que pertencia a José e Mary Louise Menendez, que foram mortos por seus dois filhos, Joseph e Erik Menendez, e ambos condenados por assassinato em 1996 (Reprodução/Bob Riha Jr./Getty Images Embed)
O crime
Em 20 de agosto de 1989, enquanto assistiam à televisão na sala de casa, José e Maria Louise Menendez foram vítimas de tiros que foram disparados por seus próprios filhos, Erik e Lyle Menendez. Sete anos depois, os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
A condenação veio somente no segundo julgamento. O primeiro terminou com um júri “travado”, que priorizou o lado dos privilégios. Antes de serem levados à prisão, os irmãos alegaram que ao voltar para casa após irem ao cinema, encontraram os pais sem vida. Entretanto, no julgamento, Erk e Lyle admitiram o crime, mas que o cometeu por medo dos abusos que sofriam de seus progenitores.
A defesa reforça o argumento apontando que um membro do grupo musical Menudos afirmou que era vítima de José, pai dos irmãos, que trabalhava como produtor de música.
Alguns familiares apoiaram a liberdade dos irmãos, como as irmãs de José e Kitty os Menendez. Apenas Milton Anderson, irmão de Kitty, que morreu recentemente, se opôs a liberdade de Erik e Lyle.
Foto destaque: Julgamento dos irmãos Menendez (Reprodução/Ted Soqui/Sygma/Getty Images Embed)