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Número de pessoas em situação de rua dispara na grande São Paulo

Mais de 600 famílias chegam todos os meses a grande São Paulo em busca de amparo. O número de pessoas desabrigadas disparam após os impactos deixados pela pandemia.

15 Abr 2023 - 12h48 | Atualizado em 15 Abr 2023 - 12h48
Número de pessoas em situação de rua dispara na grande São Paulo Lorena Bueri

O número de pessoas que vivem em situação de rua no centro da cidade de São Paulo aumentou em 31%, desde o último censo em 2022. Em novembro do mesmo ano entraram, segundo a prefeitura, mais 1900 pessoas em situação de rua. Os dados do último censo revelam que, em dois anos, aumentaram em 330% o número de barracas na cidade (de dois mil para mais de seis mil) e que o número de famílias inteiras que vivem nas calçadas (5100, crescimento de 111%) disparou.

Segundo dados do Observatório de Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social, mais de 600 famílias chegam todos os meses ao centro da cidade. Em busca do programa de acolhimento divulgados. Esta migração ocorre, principalmente, pela falta de programas assistências em bairros próximos a capital. As prefeituras não possuem apoio, e por isso as famílias se deslocam para o centro.


Moradores em situação de rua na capital paulista (Foto:Reprodução/ Exame)


Nesta semana a prefeitura iniciou um novo programa, o “Ampara São Paulo” com o intuito de aperfeiçoar as políticas públicas já existentes. As pessoas abordadas, se desejarem, serão encaminhados para vagas contratadas pela Prefeitura em hotéis no centro da cidade. Estes abrigos estarão preparados para receber pessoas sozinhas, com deficiência, famílias, idosos e população LGBTQIA+. Estarão disponíveis, além da hospedagem, café da manhã, almoço, lanche e janta - as vagas serão fixas.

Visto a quantidade de pessoas em situação de rua, os programas existentes não conseguem dar conta do crescente número. São famílias inteiras que não tiveram outra alternativa. Muitas perderam o emprego depois da pandemia, tiveram suas casas inundadas com as enchentes, desapropriação de terras, há pessoas que sofrem abandono familiar, tem problemas com alcoolismo e drogas, doenças mentais, instabilidade emocional e econômica, preconceitos e discriminações, relacionamentos abusivos, violência física e psicológica. Além disso, muitos vem em busca de emprego e quando não conseguem, encontram dificuldades financeiras de voltar para suas cidades de origem.

Foto Destaque: Walter veio para capital em busca de emprego
Reprodução/ SP Invisível.

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