Saúde

Novos rótulos nas embalagens de alimentos podem ajudar a combater a obesidade

A obesidade está presente em mais da metade da população brasileira. Alimentos ultraprocessados são mais baratos do que os in natura e contribuem para o aumento de peso.

02 Mai 2022 - 20h00 | Atualizado em 02 Mai 2022 - 20h00
Novos rótulos nas embalagens de alimentos podem ajudar a combater a obesidade Lorena Bueri

Novos rótulos nas embalagens de alimentos começam a chegar às prateleiras em outubro. A parte frontal das mercadorias informará se o teor de açúcar, sódio ou gordura saturada é alto. Para os especialistas, a medida aprovada em 2020 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), ajuda a combater a obesidade, já que os três componentes não são saudáveis.

Mais da metade da população adulta do país está acima do peso e o que está em jogo é a qualidade de vida. O tempo gasto no transporte público, as horas sentados em frente à uma tela, a menor disponibilidade de produtos in natura e a falta de locais propícios e seguros para praticar atividades físicas criam o “ambiente obesogênico” que contribui para o aumento de peso. Segundo Inês Rugani, do Grupo Temático Alimentação e Nutrição da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco): “Não são razões individuais que explicam o aumento da obesidade. O sistema alimentar é adoecedor”.

Uma alimentação à base de frutas, verduras e vegetais é a solução para se ter uma vida mais saudável e para conter a obesidade que está presente não só no Brasil, mas no mundo. Para a pesquisadora Letícia Cardoso, da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz, é preciso criar políticas que facilitem a escolha de alimentos saudáveis e desestimulem o consumo de produtos inadequados. “É possível aumentar a taxação dos produtos ultraprocessados e dar publicidade aos malefícios que causam, como ocorreu com o cigarro”, disse.

No Brasil, desde os anos 2000 o preço dos alimentos ultraprocessados caíram sucessivamente, enquanto os in natura ficaram cada vez mais caros. A previsão era que essa diferença entre preços dos alimentos acontecesse apenas em 2026, porém a inflação e os sucessivos eventos climáticos nos últimos dois anos aceleraram o processo.


Pessoa se pesando na balança. (Foto: Reprodução/Freepik)


Dados sobre a obesidade 

A pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde, analisou a população das 26 capitais e do Distrito Federal e chegou a resposta de que desde 2006, em média, 360 mil pessoas acima de 18 anos aumentaram as taxas de excesso de peso a cada ano. Do total, 234 mil tornaram-se obesas, com Índice de Massa Corpórea (IMC) acima de 30.

No ano passado, 57,2% dos habitantes destas cidades excederam o peso e 22,4% deles se tornaram obesos. As maiores taxas de aumento foram registradas em Porto Velho (64,4%), Manaus (63,4%), Porto Alegre (62,1%), Belém (61,2%) e Rio Branco (60,35%).

Foto destaque: Representação visual de alimentos saudáveis. Reprodução/Freepik

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