O desenvolvimento de novas terapias para o tratamento do câncer é um assunto que interessa não só a indústria farmacêutica, mas toda a população, já que todos nós estamos sujeitos a desenvolver essa doença. Recentes pesquisas obtiveram avanços e esse medicamento foi aprovado pela primeira fase do registro sanitário da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Esse fármaco atua na coleta e modificação genética das células imunes, sendo assim uma evolução enorme pois é uma tecnologia que pode complementar outros tipos de tratamentos já existentes para mielomas e leucemias por exemplo. Utiliza-se células nomeadas como CAR-T, coletadas dos próprios pacientes e alteradas para combater esses tumores. Pode ser um tipo de tratamento que vai retornar a esperança para aqueles pacientes que já tentaram os métodos convencionais e não obtiveram resposta.
Os linfócitos, as células de defesa do nosso corpo, são retiradas do paciente com câncer e enviadas para uma fábrica nos Estados Unidos, lá eles fazem a modificação por meio de um vetor viral e essas células retornam como medicamento para ser aplicado no paciente.
Mitose (Reprodução/Pixabay)
Entretanto, ao que tudo indica, não será disponibilizado pelo SUS, já que se trata de um tratamento de alto custo por ser de caráter personalizado e individual, só que pode ser uma boa alternativa para aqueles que não restam outras opções. A estimativa é que o tratamento custe em torno de 2 milhões de reais. Foram cerca de 12 anos de pesquisas e já é autorizado em países como Estados Unidos, Japão e outros da Europa.
Portanto é um importante avanço para a medicina mundial e um ar de esperança para os pacientes, apesar de ainda estar em fases de pesquisas, a tendência é que este tipo de terapia seja utilizado cada vez mais, tanto para o câncer, quanto para outras doenças como lúpus e fibroses. Torcemos para que um dia seja acessível também ao SUS.
Foto Destaque: Atuação do Câncer. Reprodução/Medicar