A província de Vyshhorodskyi, nos arredores da capital Kiev na Ucrânia foi alvejada por no mínimo dois mísseis que atingiram durante a madrugada desta quinta-feira (25). Não houve relatos de morte.
Várias explosões foram relatadas, ouvidas por volta de 3h da manhã, e um alerta foi emitido pelo Telegram das Forças Armadas ucranianas para que os moradores procurassem abrigos.
Prédio destetruido em Borodianka, noroeste de Kiev. Foto Reprodução: Sergei Supinsky/AFP
Na quarta-feira, 24, o dia da Independência Ucraniana, principal feriado estadual, no entanto não foram realizadas celebrações e as ruas estavam vazias, pois todos estavam em alerta pela possibilidade de um ataque russo. Volodymyr Zelensky, o líder ucraniano fez um discurso sobre a guerra que já perdura por de seis meses, e prometeu recuperar territórios perdidos. “O que para nós é o fim da guerra? Costumávamos dizer: paz. Agora dizemos: vitória” - disse ele.
A Ucrânia continua resistindo aos embates, e o líder não fala em desistir. Após 31 anos de independência, o país luta para não ser dominado por Moscou, luta por sua liberdade.
“Uma nova nação apareceu no mundo em 24 de fevereiro às 4 horas da manhã. Não nasceu, mas renasceu. Uma nação que não chorou, gritou ou se assustou. Uma que não fugiu. Não desistiu. E não se esqueceu.” - disse o presidente ucraniano em seu discurso, referindo-se ao início da guerra.
A Rússia mudou seu alvo de investidas, desviando sua atenção da capital para a região de Dombass depois que sua tentativa de assalto foi frustrada devido a resistência ucraniana.
O conflito armado entre Rússia e Ucrânia é um dos maiores ocorridos na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, e não há previsão de terminar, já que os representantes dos países não conseguiram até o momento chegar a um acordo.
Apesar de diversas sanções impostas à Rússia, o presidente Vladimir Putin não recuou e mantém uma lista de exigências para o país rival, o que faz com que as negociações não avancem.
Foto destaque: Bombardeiro em Kiev (15/03). Reprodução: Fadel Senna - AFP.