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Ministério Público investiga shows de prefeituras em seis estados do país

Ao todo 29 cidades foram alvo do Ministério Público, divididos entre 6 estados do Brasil. Gusttavo Lima e outros artistas tiveram shows cancelados a pedido do Ministério Público

05 Jun 2022 - 11h11 | Atualizado em 05 Jun 2022 - 11h11
Ministério Público investiga shows de prefeituras em seis estados do país Lorena Bueri

O ministério público passou a analisar shows realizados por 29 prefeituras, de 6 estados diferentes, após polêmica envolvendo o cantor Zé Neto, da dupla Zé Neto e Cristiano, quando ele disse não utilizar a Lei Rouanet e criticou a cantora Anitta. Foi mostrado o envolvimento de diversos cantores  em esquemas de apresentações bancados por prefeituras, como a própria dupla Zé Neto e Cristiano e Gusttavo Lima, que até fez um desabafo no dia 30 de maio.

Somente no Mato Grosso o ministério público do estado abriu investigação sobre 24 cidades diferentes, sem especificar artista, incluindo Sorriso, a cidade onde Zé Neto fez seu discurso e recebeu R$ 400 mil pelo show. Já no Rio de Janeiro o MP investiga o aniversário da cidade de Magé, que teria pago R$ 1 milhão para Gusttavo Lima, e outros shows. 

Gusttavo Lima teve shows cancelados em Teolândia (BA), pois o estado atendeu o pedido do ministério público e cancelou o evento, e em Conceição do Mato Dentro (MG), onde o prefeito da cidade cancelou o show do cantor e outra apresentação da dupla Bruno e Marrone quando MP de Minas começou a apurar o caso. 

Além de cantores sertanejos, Wesley Safadão e Xandy Avião aparecem em uma festa junina, na cidade de Mossoró (RN), com cachês de R$ 600 mil e R$ 400 mil, respectivamente. O Ministério Público entrou com uma ação civil pública para que os dois shows sejam cancelados.


Gusttavo Lima no seu show "Buteco" em Belo Horizonte (Foto: Reprodução/Instagram)


A polêmica dos shows começou na noite do dia 12 de maio, quando Zé Neto fez um discurso durante seu show, na cidade de Sorriso (MT), dizendo palavras como “não dependemos de Lei Rouanet, nosso cachê quem paga é o povo” e “a gente não precisa fazer tatuagem no toba para dizer se a gente tá bem ou não”

Após esse evento, Zé Neto virou alvo de diversos ataques na internet e, no dia seguinte ao show, surgiram informações mostrando que a dupla fazia diversos apresentações bancadas por prefeituras, incluindo a de Sorriso que teria pago R$400 mil à dupla. A partir disso, o tema começou a crescer nas redes sociais, com a hashtag #CPIdoSertanejo, e Ministério Público passou a investigar esses shows realizados por prefeituras.

Ao contrário da Lei Rouanet, que precisa de um projeto detalhado, mostrando todos os custos, sendo necessário passar por uma série de aprovações para poder acontecer, esses contratos feitos diretamente pelas prefeituras não precisam de licitação e nem tem um teto de quanto cada artista, individualmente, pode receber. 

Zé Neto não quis comentar a repercussão de sua crítica a Lei Rouanet e, em um show no dia 21 de março, apenas disse que não quer “incitar o ódio” e que ia “rezar por essas pessoas”. Já Gusttavo Lima, que se tornou um dos principais alvos de críticas sobre o assunto, se manifestou através de uma nota, enviada por sua assessoria no dia 26 de maio, alegando que “não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas”.

Foto Destaque: Zé Neto e Cristiano no show em Fernandópolis (SP).  Reprodução/Instagram

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