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Mineração em águas profundas dificulta a comunicação entre baleias, diz estudo

O barulho que a mineração produz no fundo do mar interfere na capacidade das baleias se comunicarem umas com as outras, revela estudo publicado na última terça-feira (14).

16 Fev 2023 - 16h11 | Atualizado em 16 Fev 2023 - 16h11
Mineração em águas profundas dificulta a comunicação entre baleias, diz estudo Lorena Bueri

Um estudo, divulgado na última terça-feira (14), revelou que o barulho produzido pela mineração em busca de metais no fundo do mar, compromete as baleias de nadarem, além de interferir na comunicação entre elas.

O estudo, publicado na revista Frontiers in Marine Science, revelou que “os sons produzidos pelas operações de mineração, inclusive de veículos operados remotamente no fundo do mar, se sobrepõem às frequências nas quais os cetáceos se comunicam”.

Rochas compostas de metais, os quais são utilizados em baterias, se assemelham ao tamanho de batatas e cobrem vastas extensões do oceano, atingindo profundidades de 4 a 6 quilômetros. Algumas empresas propuseram uma aspiração dessas rochas a fim de processarem os metais presentes nelas e dessa maneira, utilizá-los em baterias de veículos elétricos.

O estudo, que foi financiado por umas das principais instituições ambientais, o Umweltstiftung Greenpeace, confirma que ainda há necessidade de mais pesquisas sobre o risco que a mineração pode trazer para a vida marinha, principalmente tratando-se dos grandes mamíferos.


Baleia no Alasca. (Foto: Reprodução/BBC)


A Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, em inglês), órgão da Organização das Nações Unidas (ONU), sediado na Jamaica, espera aprovar a mineração em águas profundas já no verão europeu, o que preocupa líderes da Alemanha, França, Canadá e Fiji.

A The Metals Company Inc tem planos de extrair as rochas de metais em uma região oceânica no norte do Pacífico, onde a ISA concedeu 17 licenças de exploração de mineração em águas profundas. A estimativa é de que há de 22 a 30 espécies de cetáceos vivendo na região, inclusive baleias azuis, as quais estão ameaçadas de extinção.

A empresa afirmou que está estudando dados acústicos coletados ao longo de três anos com pesquisadores independentes a fim de determinar os verdadeiros impactos dos ruídos na vida marinha. Em um comunicado, o gerente ambiental da The Metals Company, Dr. Michael Clark, afirmou que “o documento do Greenpeace é puramente especulativo, baseado em zero dados de campo e financiado pelo oponente mais vocal da indústria”.

Os que defendem essa prática argumentam que a mineração em alto mar reduz as grandes operações de mineração na terra, que geralmente incomoda a população local. Além do mais, para eles, é necessário que mais estudos sejam feitos para determinar como essa atividade afeta o ecossistema marinho. Algumas pesquisas antigas já revelaram que o ruído produzido pelo homem pode aumentar o risco de mães de baleias jubarte serem separadas de seus filhotes. 

 

Foto Destaque: Baleia Jubarte - Reprodução/Milton Marcondes/Revista Pesquisa Fapesp

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