A judoca Mayra Aguiar começou a semana com duas façanhas. A primeira, ao se tornar a primeira atleta no judô feminino e masculino, a conquistar o tricampeonato mundial, no Uzbequistão. E, com a conquista, voltou a integrar a primeira posição no ranking mundial feminino, posição que já havia ocupado em 2012. A brasileira obteve a pontuação de 5.220 pontos, ultrapassando assim sua principal rival e algoz no tatame, a alemã Anna-Maria Wagner. Em terceiro lugar e fechando o pódium, a israelense Inbar Lanir.
A brasileira Rafaela Silva se destaca na terceira posição da lista, na categoria 57 quilos, com 4610 pontos. Silva teve uma pausa de dois anos na carreira, por suspensão. No entanto, ao vencer na final dos 57 quilos a japonesa Haruka Funakubo, galgou seis posições que a alçaram a terceira do mundo no ranking geral.
Daniel Cargnin obteve pódio com bronze no mundial. Outra judoca brasileira a conquistar medalha de prata foi Beatriz Souza, lutadora que disputou também na categoria de 78 quilos, a mesma de Mayra Aguiar.
Equipe brasileira de judô no mundial do Uzbequistão 2022. (Foto: Reprodução/Correio Brasiliense)
A técnica da equipe brasileira feminina de judô, Sarah Menezes, que assumiu em dezembro de 2021, exaltou o trabalho em equipe e a confiança no potencial de todas as atletas. Sarah é ex-judoca e foi ouro olímpico na Olimpíadas de Londres 2012. Marcelo Theotônio, executivo da Confederação Brasileira de Judô, comemorou bastante o resultado do Brasil no Mundial do Uzbequistão, ao finalizar o torneio em segundo na classificação geral.
O dirigente reafirmou o sentimento que eles tinham de que o Brasil faria bonito diante do mundo, com atuações espetaculares e um senso de disciplina nunca visto. Aliado à técnica, com tecnologia e planejamento, irão construir individualmente novas safras de campeões, nas diversas categorias, com treinamentos específicos e direcionados, enfatizou Theotônio.
Foto Destaque: Judoca campeã Mayra Aguiar. Reprodução/Agência Brasil