Quando o árbitro inglês Michael Oliver apitou o fim das cobranças de pênaltis entre Brasil e Croácia, decretando a vitória incontestável dos croatas, a torcida brasileira passou a acompanhar as demais seleções na disputa do torneio. Uma delas chamava a atenção por um futebol dinâmico, seguro na defesa e que jogo a jogo foi derrubando seleções de maior tradição do futebol mundial. A seleção de Marrocos, nessa quarta (14), quase conseguiu o impensável. Alçar uma seleção africana a uma final de Copa do Mundo. Passado a dor da derrota diante de uma França que se mostra imbatível nessa edição, os marroquinos só tem motivos para se orgulhar da campanha no Catar.
Já estão na história, como a primeira seleção da África a chegar numa semifinal. Marrocos venceu Portugal, Bélgica e Espanha, três de dez do ranking maior da FIFA. Mas será que foi só o futebol, que fez com que uma legião de torcedores de outras seleções torcesse pela seleção marroquina? Talvez não. A explicação pode surgir dos campos. Mas há diversos fatores extracampo, que colaboraram para isso.
Ilustração de Marrocos e seleções africanas na Copa do Catar. Fonte/Reprodução Youtube
Claro que existe aquela máxima de torcermos sempre por feitos realizados pelos mais fracos e menos endinheirados. Pesa também o fator global e multicultural. Marrocos tem laços africanos, europeus e árabes, além da cultura mulçumana. O futebol bem jogado, com lances emblemáticos de Em Nesyri, Achraf Hakimi e Sofiane Boufal. As defesas seguras do goleiro Bono. Tudo isso foram elementos fortes. Mas há quem acredite que as demonstrações de carinho dos jogadores com suas famílias, especialmente com as mães de alguns jogadores, além de notícias que circularam pelo mundo, da participação na ajuda humanitária e para os seus compatriotas, levaram Marrocos a ganhar o titulo de queridinha da Copa.
A França venceu os marroquinos, numa partida difícil e bem disputada. Duela no domingo, ao meio dia, horário de Brasília, a final da Copa do Catar 2022, contra os argentinos. O palco será o Estádio Lusail, o maior em capacidade de público da Copa, que poderá receber até 90.000 torcedores. Será a consagração das seleções com melhor rendimento dentro de campo. Mas fora dele, a campeã sentimental será sempre Marrocos, acompanhada das demais seleções africanas e de uma Croácia, que mostrou no Catar, porque foi vice-campeã na Copa da Rússia.
Foto Destaque Marrocos a querida da Copa do Catar. Fonte/Reprodução GZH
