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Manifestantes lutam por Lützerath contra a queima de combustíveis fosseis

Pequeno vilarejo no interior da Alemanha virou moradia de manifestantes e ativistas em luta em prol do meio ambiente e contra a queima de minérios de carvão, vilarejo será destruído no processo

12 Jan 2023 - 11h40 | Atualizado em 12 Jan 2023 - 11h40
Manifestantes lutam por Lützerath contra a queima de combustíveis fosseis  Lorena Bueri

Nesta quarta-feira (11), a polícia alemã iniciou a retirada das pessoas que viviam no vilarejo chamado Lützerath. A cidade era um dos principais pontos de protesto e proteção de manifestantes e ativistas em prol da luta pela diminuição da poluição. 

A região é conhecida por se ter uma vasta quantidade de minério de carvão, tendo inclusive, a 200 metros de Lützerath, uma mina de carvão a céu aberto, chamada Garzweiler 2. O intuito é utilizar dessa grande quantidade de minério, para queimar o carvão e assim poder transforma-lo em energia. 


Mina de carvão Garzweiler, no oeste da Alemanha


 A Alemanha vem sofrendo com uma crise de energia, devido ao confronto entre a Rússia e a Ucrânia, e precisa desse minério de carvão para conseguir se manter. Com isso, o governo alemão, acabou fazendo um acordo com a empresa de energia RWE, para que ela cuidasse de todo o processo. 

Antes da Guerra, a Alemanha já tinha afirmado no tratado de Paris, que iria diminuir aos poucos a utilização do carvão mineral, zerando até 2045, e que até 2038, todas as usinas de mineração, seriam fechadas. O problema, é que com a guerra, a situação mudou, e as usinas que seriam fechadas, estão voltando a funcionar normalmente, e a queima de carvão que seria diminuída, vai ter que ser aumentada novamente.  

Ainda assim, a Alemanha argumenta que com o acordo realizado junto a RWE, o tempo do fechamento das usinas diminuiu de 2038 para 2030. 

Já os manifestantes, utilizam do argumento de que antecipar essa eliminação não mudará o fato de que com a utilização do carvão da cidade de Lützerath, a Alemanha ultrapassará suas metas de emissão de CO2, argumento que foi sustentado pelo Instituto Alemão de Pesquisa Econômica (DIW). 

Outro argumento utilizado, é que de acordo com a Claudia Kemfert, diretora do departamento de energia, transportes e meio ambiente do DIW, o vilarejo não precisaria ser destruído para que a Alemanha tivesse o suficiente para o armazenamento de energia, já que as outras áreas já sendo extraídas, atingiriam a quantidade suficiente para o país. 

No entanto, a justiça deu causa favorável a RWE, obrigando a retirada de todos os manifestantes do local, a demolição imediata da cidade. 

Ainda assim, Claudia Kemfert e outros ativistas continuam lutando por Lützerath, um movimento que tem rodado o mundo e despertado simpatia de toda a população mundial. 

A Luisa Neubauer, outra ativista presente no movimento, ainda afirma que “O mundo está olhando para cá porque também estamos lutando por eles. Usamos nossos privilégios, assumimos nossas responsabilidades aqui” 

É bom lembrar, que a Alemanha desmantelou um Parque Eólico que estava em funcionamento desde 2001, para ampliar a mina de carvão Garzweiler.

Foto Destaque: Manifestante amarrado em protesto no fundo, com os policiais parados observando (Reprodução / Instagram Reuters)

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