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Lula e Bolsonaro travam confronto em primeiro debate entre presidenciáveis na TV

O ex-presidente e o atual chefe de Estado foram os principais alvos de ataques dos adversários no debate entre candidatos à República nas eleições de 2022 transmitido pela Band

29 Ago 2022 - 11h00 | Atualizado em 29 Ago 2022 - 11h00
Lula e Bolsonaro travam confronto em primeiro debate entre presidenciáveis na TV Lorena Bueri

O primeiro debate entre presidenciáveis das eleições de 2022, deste domingo (28), contou com os seis candidatos à presidência da República mais bem colocados nas grandes pesquisas – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Messias Bolsonaro (PL), Ciro Gomes (PDT), Simone Tabet (MDB), Felipe d’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União). Lula e Bolsonaro, no entanto, protagonizaram as discursões e o atual presidente foi o principal alvo de ataques dos adversários no debate.

Logo no 1° bloco do debate, após todos os candidatos responderem as perguntas escolhidas pelos jornalistas, foi feita a primeira rodada de perguntas entre os candidatos. Seguindo a ordem definida, Bolsonaro iniciou a rodada direcionando sua pergunta para Lula.

“A Petrobras, ao longo de 14 anos de PT, se endividou em, aproximadamente, novecentos bilhões de reais, fruto de desmandos; refinarias começadas e não concluídas; entre tantas outras coisas. Com esses novecentos bilhões de reais, daria pra fazer sessenta vezes a transposição do rio São Francisco. Ou seja, o povo nordestino sofreu por falta d’água, por causa de corrupção do seu [Lula] governo”, afirmou Bolsonaro, além de destacar que houve corrupção no caso da Petrobras pelo governo do es-presidente. “Oh, presidente Lula! O senhor quer voltar ao poder pra quê? Pra continuar fazendo a mesma coisa na Petrobras?”, concluiu Bolsonaro.

“Era preciso ser ele [Bolsonaro] pra me perguntar e eu sabia que essa pergunta viria”, disse Lula. Em sua resposta, Lula afirmou que os números que Bolsonaro descreveu são “mentirosos” e declarou que “não teve nenhum presidente da República que fez mais investigações para que a gente apurasse corrupção do que nós [PT] fizemos”. O ex-presidente ainda afirmou que foi o seu governo que criou o Portal da Transparência, a fiscalização da CGU, a lei de acesso à informação, a lei ante-corrupção, a lei contra o crime organizado, a lei contra lavagem de dinheiro, entre outras medidas.

Na réplica, Bolsonaro citou declarações do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que apontam atos de corrupção do governo Lula, como recebimento de propina e declarou: “O seu governo foi marcado pela cleptocracia. Ou seja, um governo feito à base de roubo. E essa roubalheira era pra conseguir apoio dentro do parlamento. Não era apenas para o ex-presidente Lula. Era para ele também conseguir apoio dentro do parlamento. Assim sendo, nada justifica sua resposta mentirosa que você deu nessa questão. Sim, o seu governo foi o governo mais corrupto da história do Brasil".

Em sua Tréplica, Lula não falou sobre os atos de corrupção citados por Bolsonaro, apenas comentos realizações de seu próprio mandato, como o crescimento da Petrobras, marcos de “inclusão social”, “geração de emprego”, “aumento do salário mínimo”, “investimento na agricultura familiar”, “criação de universidades públicas”, entre outros.

Lula declarou ainda que Bolsonaro está “destruindo” o país que ele governou. “Está destruindo porque ele adora bravata. Adora dizer números que não existem e adora achar que o povo que está aí ouvindo acredita no que ele fala. Portanto, o país que eu deixei é um país que o povo tem saudade. É o país do emprego, é o país em que o povo tinha o direito de viver dignamente de cabeça erguida", rebateu Lula.

 

No 2° bloco do debate, os jornalistas do pool de emissoras fizeram perguntas para os candidatos e eles mesmos escolheram quem responderia e quem comentaria a resposta. Todos os candidatos participam desta rodada e um novo embate entre Bolsonaro e Lula surgiu.


Primeiro detabe das eleições de 2022 (Foto: Reprodução/Band)


Ao ser questionado se o governo conseguiria preservar o teto de gastos e ao mesmo tempo manter o valor do benefício em R$ 600, que, pela lei, só está garantido até o final do ano, Bolsonaro garantiu que irá manter o valor do auxílio a partir do ano que vem.

“Logicamente, esse auxílio se aproxima do mínimo necessário para a pessoa sobreviver. Sair da linha da pobreza de forma mais concreta. De onde retirar dinheiro? Tenho acertado com a equipe econômica e conversado", concluiu Bolsonaro em sua resposta.

Lula, ao comentar a resposta do atual presidente, disse que "é importante lembrar que a manutenção dos R$ 600 não está na LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias] que foi mandada para o Congresso Nacional. Ou seja, significa que existe uma mentira no ar", alegou o ex-presidente.

Em sua réplica ao comentário de Lula, Bolsonaro afirmou: "Eu tenho contato com liderança da Câmara. Após as eleições, podemos fazer algo mais concreto, mais detalhado para buscar recursos, para pagar os R$ 600. Nós não podemos ser aqui é inconsequentes, anunciando: 'Vou dar isso, vou dar aquilo, vou tirar imposto de renda de professor, não sei o que, só mentira, tá?'".

Em outro momento do debate, a jornalista Vera Magalhães perguntou a Ciro Gomes sobre a pandemia de Covid-19 e vacinação, citando mortes que poderiam ter sido evitadas e frases de autoridades que desacreditaram a população quanto à eficácia das vacinas em geral.

Ciro respondeu que “esse nível de alienação e ódio” tem lhe “chocado” e acrescentou: “Mentira para cá, mentira pra lá, isso é o Brasil que essa gente está produzindo, dividindo a nossa nação e eu quero reconciliar".

Com a oportunidade de comentar a resposta de Ciro, Bolsonaro direcionou sua resposta à jornalista Vera, dizendo: “eu não podia esperar outra coisa de você. Eu acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido em um debate como esse. Fazer acusações mentirosas a meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro, mas tudo bem”.

Em seguida Bolsonaro acusou a jornalista de ser conivente com a corrupção da CPI e logo declarou: “Não estou atacando mulheres, não. Não venha com essa historinha de atacar mulheres e se vitimizar”.

No 3° bloco, em uma nova rodada de embates entre os candidatos, Simone Tabet disse que Bolsonaro comete misoginia e agride as mulheres brasileiras e questionou-o: “Por que tanta raiva das mulheres?”

“Me acusa sem prova nenhuma”, respondeu o presidente. Bolsonaro exaltou o trabalho da primeira-dama Michelle Bolsonaro e disse que Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro foram “humilhadas” na CPI da Covid e Tebet não as defendeu. Disse ainda que é o candidato que mais defende as mulheres por defender as famílias e o porte de armas.

“Faça política e não fique fazendo joguinho de ‘mimimi'”, rebateu Bolsonaro à senadora.

Tabet alegou que, apesar de não concordar com as ideias de Nise Yamaguchi, a defendeu durante a CPI da Covid E Disse que Bolsonaro “destila ódio” e “agride” que diz a verdade.

Em sua defesa, Bolsonaro disse que prega a união e diz que é “atacado por acabar com a harmonia da corrupção”.

O evento foi organizado em conjunto pelas emissoras Band e TV Cultura, o portal de notícias UOL e o jornal Folha de S. Paulo. Os mediadores do debate foram os jornalistas Eduardo Oinegue, Adriana Araújo, Leão Serva e Fabíola Cidral.

O debate foi encerrado às 23 horas e 49 minutos com as considerações finais de cada candidato.

 

Foto Destaque: Lula e Bolsonaro. Reprodução/Band

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