As mortes e sequelas causadas pela doença de parkinson estão aumentando no mundo em comparação com outros distúrbios neurológicos, é o que indica novo relatório da OMS - Organização Mundial da Saúde, publicado nesta terça-feira (14), nos últimos 25 anos a ocorrência da doença dobrou de acordo com estimativas que revelaram que mais de 8,5 milhões de pessoas possuem a doença no mundo.
Doença de parkinson
Parkinson é uma doença neurológica que afeta os movimentos e locomoção do portador, causando comumente tremores, desequilíbrio e lentidão.
A doença ocorre devido a uma degeneração de células cerebrais responsáveis pela produção de dopamina - neurotransmissor responsável pela condução de correntes nervosas no corpo, a redução do hormônio acarreta diversos problemas à saúde.
O diagnóstico é realizado baseando-se no histórico clínico do paciente e em um exame neurológico, no entanto, não há exame específico para seu diagnóstico, tratamento eficaz que impeça totalmente sua progressão, ou medicação preventiva.
Sintomas da doença de parkinson (Foto: Reprodução/ Infoescola)
Dados inconsistentes
Apesar do levantamento da OMS apontar o crescimento dos casos da doença de Parkinson no mundo, os dados ainda não são totalmente precisos, principalmente em países de baixa e média renda, o que pode significar que, os dados apresentados pela estimativa possam ser muito maiores.
Outra dificuldade no levantamento da incidência da doença reside nas diferentes percepções sobre o Parkinson, os sintomas são comumente associados a impactos normais do envelhecimento e não são devidamente diagnosticados.
A OMS ressalta também que, apesar de a doença afetar todos os pacientes, há uma enorme desigualdade na disposição de recursos para o tratamento correto da doença, essa defasagem ocorre principalmente em países mais carentes, de baixa ou média renda.
A falta de profissionais também prejudica o diagnóstico da doença, de acordo com o Atlas de Neurologia da OMS existem apenas 0,03 médicos neurologistas a cada 100 mil habitantes em países pobres, em contraponto, em países de alta renda a proporção é de 4,47 a cada 100 mil habitantes, uma discrepância alta evidenciando as desigualdades sociais.
Foto Destaque: Idoso com Parkinson. Reprodução/ Jornal de Brasília.