O biomédico Hector Júnior, de 27 anos, viu sua vida desmoronar após a tragédia em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, onde teve sua casa destruída e perdeu sua irmã e cunhado durante o temporal que devastou a cidade no último dia 15.
Hector vivia no Servidão Frei Leão, nº 524, bairro Alto da Serra, em uma residência com sua mãe. Sua irmã e cunhado moravam em outra casa no mesmo terreno. No momento da tragédia, o biomédico estava trabalhando em um hospital, e sua mãe, Sandra Walsh, de 62 anos, estava em um ônibus voltando da capital.
A matriarca Sandra Walsh, morava no terreno há 55 anos. Após ter seus filhos, Sarah e Hector, construiu o sobrado e deixou sua antiga casa para Sarah e Bernardo, que haviam completado um ano de casamento em dezembro.
No sobrado, estava seu namorado Marcus Vinícius, de 27 anos, seu cunhado Bernardo Albuquerque, de 26 anos. E sua irmã, Sarah Walsh de Albuquerque, de 32 anos, estava em sua casa, que fica no mesmo terreno.
A esquerda, Hector e sua mãe. A direita, seu cunhado e irmã. (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcus Vinícius, que mora em Niterói, estava na casa de Hector, como costuma fazer semanalmente para visitá-lo. No momento da tragédia, ele estava no andar de cima do sobrado.
"O meu quarto ficava nas extremidades, bem na ponta do segundo andar. Assim que aconteceu tudo, Marcus falou que ficou soterrado em meio aos escombros e viu a casa toda caindo", contou Hector sobre os momentos de horror que seu namorado viveu na pior chuva de Petrópolis desde 1932.
Após ver a casa desabar, Marcus conseguiu sobreviver ficando em posição fetal por baixo dos escombros, pois só assim conseguia respirar embaixo da terra. "Uma árvore caiu atrás dele, essa árvore conseguiu fazer a dissipação das lamas. A lama descia, e ia para os dois lados, onde estava a árvore, então, não caiu tanta lama em cima dele", relatou Hector.
O biomédico ainda contou que seu namorado sobreviveu devido ao local que estava no momento. "Como ele estava no segundo andar, ele conseguia sentir que estava muito próximo da superfície, diferente do meu irmão que estava no andar de baixo, na sala, e minha irmã que estava um pouco mais para baixo (em outra residência)".
Antes e depois de onde Hector vivia em Petrópolis (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcus foi o primeiro resgatado, precisou ser operado e está internado em observação, com pneumotórax e diversas fraturas, sendo três nas costelas, uma na escápula e outra exposta no pé.
Já a sua irmã e seu cunhado, que ficaram soterrados, foram encontrados quatro dias depois da tragédia, devido à quantidade de escombros e lamas que caíram por cima do casal.
Agora, Hector luta para reconstruir sua casa e encontrar seus animais de estimação, dois cachorros e cinco gatos em uma luta diária, indo a todos os postos informados onde existem animais encontrados que sobreviveram à tragédia.
Hector procura pelos animais de estimação. (Foto: Divulgação)
Amigos do biomédico se juntaram e criaram uma vaquinha virtual, para ajudar a recomeçar a sua vida e a de sua mãe, já que além de perder familiares, perderam a casa e todos os bens. As doações podem ser feitas através da Vakinha, Pix, PicPay ou transferência bancária para Hector.
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-para-o-hector-familia-perdeu-tudo-em-petropolis
Pix: Chave Telefone (Nubank) - (24) 98823-8836
PicPay: @heectorjr
Banco Itaú - Agência: 9078 Conta Corrente: 36342-2
Nome: Hector Elias de Garcia Junior
CPF: 160.661.067-83
Foto Destaque: Hector e seu namorado, Marcus Vínicius, que sobreviveu à tragédia. Reprodução/Arquivo Pessoal