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Jô Soares foi torcedor fanático e corneteiro do Fluminense

O humorista, escritor, ator, entrevistador e multimídia Jô Soares nos deixou nessa madrugada aos 84 anos. Jô mantinha uma relação amorosa com seu clube do coração Fluminense tricolor das Laranjeiras.

05 Ago 2022 - 10h43 | Atualizado em 05 Ago 2022 - 10h43
Jô Soares foi torcedor fanático e corneteiro  do Fluminense  Lorena Bueri

José Eugênio Soares ou simplesmente Jô Soares. 84 anos.

Multifacetado. Sua história meio que se confunde com a própria história da televisão brasileira. Historia parecida com a da grande Hebe Camargo, sua amiga pessoal. Ator, diretor, humorista, produtor, escritor e entrevistador. Por onde passava, Jô deixava sua marca de genialidade e humor fino. Jô Soares morreu nessa madrugada de 05 de agosto de 2022  no Hospital Sírio Libanês em São Paulo, após ser internado em fim de julho para tratar a princípio uma pneumonia. A causa da morte não foi revelada.

A versatilidade de Jô não o limitava somente ao humor, arte mais conhecida do grande público. Fez diferença no cinema, teatro (como ator e diretor) e dominou com sua inteligência rara (falava cinco idiomas com fluência), três décadas de talk show entre a Globo e SBT, sendo um dos pioneiros nesse formato de programa no Brasil.

Jô tinha ligação sentimental com o futebol e outros esportes. Era torcedor fanático do Fluminense. E dava pitacos sobre o dia a dia do clube e principalmente suas contratações.  Não se conformava com o fato do tricolor das laranjeiras ter deixado escapar um jogador como Gustavo Scarpa, numa transferência duvidosa para o Palmeiras, anos atrás. Nos ultimos tempos ficava evidente o desgaste do artista com o clube. Numa entrevista em 2018 no programa Bola da Vez da ESPN, ele dizia que não era ele que tinha se distanciado do Fluminense, mas sim o clube é que se afastava de sua torcida.


Jô Soares na entrevista ao Programa Bola da Vez da ESPN em 2018 (Fonte/Reprodução ESPN) 


Nos anos 80 Jô Soares criou o antológico Zé da Galera, que espinafrava o técnico Telê Santana, comandante da Seleção principal à época. O personagem tinha um bordão famoso onde gritava: Bota ponta, Telê. Além disso, Jô foi sobrinho do técnico Kanela, comandante da seleção de basquete brasileira e campeã dos Mundiais de 1959 e 1963. Kanela ficou conhecido pelo péssimo gênio e métodos pouco ortodoxos de comandar seus jogadores para a vitória, na época. Jô chegou a entrevistar Kanela nos anos 90.

O Fluminense emitiu nota lamentando a passagem do artista e torcedor. 

Foto Destaque: Jô Soares -  Reprodução/ globo.com

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