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Ibama e Marinha divergem sobre destino de navio aposentado

Navio aposentado possui amianto em seu casco, podendo causar risco ao meio ambiente. Ibama quer realizar uma reciclagem verde, enquanto a Marinha pretende afunda-lo no mar

02 Fev 2023 - 12h00 | Atualizado em 02 Fev 2023 - 12h00
Ibama e Marinha divergem sobre destino de navio aposentado Lorena Bueri

O porta-aviões São Paulo tem sido causa de uma grande divergência entre o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA) e a Marinha. De acordo com o Ibama, o porta-aviões pode causar sérios riscos ao meio ambiente caso seja afundado, como é o desejo da Marinha. 

O navio inclusive foi proibido de atracar em portos do Brasil e no exterior devido a possíveis riscos ambientais que possa vir a causar, sendo assim, a Marinha teve de assumir o controle do navio, para “preservar a segurança da navegação, danos a terceiros e ao meio ambiente”. O navio ficou a serviço da Marinha de 2000 até 2014, depois de aposentado, foi leiloado e arrematado por uma empresa turca. Nos últimos meses, a empresa não conseguiu manter os custos do navio, e como ele não pode atracar nem no Brasil e nem no exterior, o navio foi ameaçado de abandono, até a Marinha assumir novamente.

Neste momento a Marinha levou a embarcação a uma área a 350 quilômetros da costa brasileira, porém ainda dentro da jurisdição do país.


Porta-Aviões sendo levado para a área na qual deverá ser afundado (Reprodução/Marinha do Brasil)


Alguns motivos foram listados do porquê a Marinha decidiu direcionar a embarcação para esse local, como por exemplo, o local estar fora de áreas de proteção ambiental, e possuir uma profundidade de mais de 3.000 metros, o suficiente para afundar o navio. 

Em nota, o Ministério da Defesa, justificou a ação de levar o navio para essa área mais afastada. 

“A referida área, selecionada com base em estudo conduzido pelo Centro de Hidrografia da Marinha, foi considerada a mais segura para as condições de severa degradação do casco” 

O Ibama entrou com um pedido ao MPF, para impedir que a Marinha afundasse o Navio. O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça Federal. 

A ideia do Ibama, é fazer com que o casco do navio fosse levado a um porto brasileiro, para que pudesse ser feito reparos, possibilitando a exportação dele depois. Essa exportação seria feita para um país com estaleiro credenciado e habilitado a realizar a "reciclagem verde". Segundo o Ibama, desde que o navio foi aposentado em 2018, ele é considerado um resíduo, e por isso deveria receber uma destinação ambiental adequada. 

O argumento que o Ibama vem utilizando, é que o problema não é que o navio carrega uma carga tóxica, que é só retirar e o problema está resolvido. A questão é que o próprio navio possui materiais perigosos na sua estrutura. O casco do navio contém amianto, que hoje, é proibido em mais de 60 países, por se tratar de uma substância altamente tóxica. No Brasil, o uso de amianto é proibido oficialmente desde 2017. 

O Ibama ainda vai tentar reverter a situação, mas ao que tudo indica, a decisão da Marinha vai prevalecer, e o navio será realmente afundado no mar. 

Foto Destaque: Porta aviões São Paulo quando ainda estava a serviço da Marinha (Reprodução/Marinha do Brasil)

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