O presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana virou um dos principais assuntos por causa do seu posicionamento quanto à Guerra no leste europeu. Lula, que durante sua campanha verbalizou sua opinião sobre a situação conflituosa que assola o país ucraniano, uma vez mais reiterou o lugar do Brasil.
A neutralidade nacional durante guerras já é conhecida e, dessa vez, não poderia ser diferente. Aliás, até poderia ser, caso Lula mudasse sua percepção, e decidisse tomar outro caminho nesse momento difícil, contudo, o presidente se mostrou fiel ao padrão brasileiro. A Alemanha foi o país que ajudou a evidenciar isso.
O país na Europa ocidental, no dia 20 de janeiro, entrou em contato com o Brasil e solicitou à nação que escolhesse um lado entre Ucrânia e Rússia, além de enviar munição de tanques, que passaria por Berlim e chegaria ao território ucraniano. A resposta de Luís Inácio foi negativa quanto ao pedido alemão. Para ele, não vale a pena comprar uma briga com os russos e que o país vai manter firme a sua neutralidade.
Sua posição se tornou logo conhecida e foi muito comentada durante a semana ao redor do mundo. O premiê alemão, Olaf Scholz, vem ao Brasil para ter reuniões com Lula. A relação excelente que o Brasil sempre teve com inúmeras nações do mundo se comprova mais uma vez. A chancelaria brasileira tem como DNA o pacifismo quando algumas partes do mundo iniciam conflitos armados. Além disso, as relações diplomáticas sempre foram excelentes.
Registros da guerra pelo olhar da fotógrafa Clodagh Kilcoyne.
O novo ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, será o responsável pela retomada do Brasil ao seu lugar. O chanceler afirmou que "estivemos alijados do cenário internacional nos últimos anos por força de uma visão ideológica limitante. Com bom senso e muito trabalho e dedicação reconquistaremos o nosso lugar". Em sua posse, no dia 2 de janeiro, ele destacou sua missão de reabrir canais de diálogos que foram bloqueados e de recompor as relações diplomáticas danificadas por um retrocesso sem precedentes.
A guerra ucraniana deixou o mundo surpreso quando foi iniciada. Ainda não se sabe o que esperar dessa luta e quando ela terá fim. O que se sabe é que o povo ucraniano teve seu modo de vida totalmente interrompido. No começo do combate, muitos vídeos de locais sendo bombardeados circularam pela Internet. Isso chocou o mundo.
Recentemente, a nação ucraniana pediu aos países membros da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por mais ajuda militar. O envio de tanques foi a solicitação da vez. O porta-voz do Kremlin, declarou que tudo que a aliança faz é percebido como envolvimento direto no conflito.
Foto destaque: Soldados no território ucraniano. Reprodução/Reuters