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Foto do Sol mostra forma humana. Entenda o que está por trás da imagem e o que revela a ciência

Foto em alta resolução do sol, registrada pela Solar Orbiter mostra forma curiosa, mas a ciência busca ir muito além e analisar os dados para prever eventuais interferências do nosso astro sobre itens como o GPS e outros sistemas.

13 Abr 2022 - 15h09 | Atualizado em 13 Abr 2022 - 15h09
Foto do Sol mostra forma humana. Entenda o que está por trás da imagem e o que revela a ciência Lorena Bueri

No dia, (7), de março, a Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou fotos inéditas em alta resolução da camada mais externa do sol (chamada coroa). Em um dos pontos da imagem é possível ver uma forma que se assemelha a um homem de costas, olhando para a esquerda. As fotografias foram tiradas pela Solar Orbiter, quando estava a uma distância de cerca de 75 milhões de quilômetros, a meio caminho entre à terra e o sol.

A ciência explica, que os olhos procuram figuras humanas em vários lugares, isso acontece devido um fenômeno chamado pareidolia (o reconhecimento de uma imagem, som ou objeto familiar em um estímulo aleatório, como enxergar formas de animais em nuvens).

Mas, segundo a ciência, os traços amarelos e dourados, que aparecem na superfície do sol, são gases, plasma, arcos magnéticos e tempestades geomagnéticas, capazes de interferir na vida da Terra.

Esses eventos que ocorrem no sol, podem afetar o funcionamento de sistemas de internet e GPS aqui da Terra, assim como, a segurança de astronautas em missões espaciais.

O que a imagem mostra de fato? 

O telescópio de alta resolução foi acoplado a uma sonda lançada pela Nasa em 2020, com, a ESA. A foto é um conjunto de 25 imagens individuais.

Além de ser possível ver a curiosa figura humana, o grande destaque é a última camada da atmosfera do sol, mais quente do que a superfície da estrela. Ela é dívida em duas partes, a cromosfera (camada mais inferior), e a coroa (camada externa, sendo a parte mostrada na imagem).

Na foto, as partes mais luminosas na superfície do sol é chamada manchas solares ou regiões ativas, elas possuem uma alta concentração de campo magnético. Esses campos produzem a todo momento uma espécie de “dança” de gás e plasma.

Um fato que intriga os cientistas a bastante tempo, é a camada mais exterior da estrela (a coroa, vista na imagem), ser mais quente que sua superfície. A temperatura da coroa, pode chegar à casa do milhão, enquanto a superfície chega a 5 mil graus Celsius, tornando o aquecimento dessas regiões único.

Em entrevista ao G1, uma astrônoma do Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie, explica que isso é intrigante porque na Terra, quando se pensa em uma fogueira, por exemplo, a parte interna é mais quente, do que na superfície das chamas, o inverso da dinâmica do sol.


ESA e NASA, divulga foto do sol com a maior qualidade já vista (Vídeo:Reprodução/Youtube)


A astrônoma esclarece que a sonda possui dois grupos de instrumentos: câmeras que tiram fotos em alta resolução, e ferramentas que mede a densidade de partículas e do vento solar.

Na sonda Solar Orbiter, é chamado SPICE, que tem a função de entender como o sol cria e controla a heliosfera (local do espaço onde o sol exerce sua influência).

Ela ainda conta como essas partículas exercem “poder” em todo o sistema solar. Pois, o sol tem um fluxo de partículas, que preenche todo o sistema solar, e a Solar Orbiter, conseguiu mapear pela primeira vez de onde vem esse vento solar. 

Mapeamento do vendo solar


Imagem mostra mapeamento dos ventos solares (Foto: Reprodução/ESA e NASA/Solar Orbiter/G1)


Na imagem acima, as partes mais esbranquiçadas e brilhantes, mostram as áreas mais ativas do sol, e é justamente nelas onde há maior concentração de campo magnético.

Essas regiões podem eventualmente explodir, podendo chegar a dezenas de milhões de graus. “É com essa atividade magnética que ocorrem as explosões solares e as ejeções de massa, quando bilhões de toneladas de matéria são lançadas para o meio interplanetário e podem até atingir à Terra”, diz a astrônoma.

Ainda em entrevista para o G1, a cientista do grupo de Física Espacial do CIRES/NOAA, na Universidade do Colorado, fala da importância de descobrir a origem dessas explosões. A importância de entendermos a origem dessas explosões solares é realmente a capacidade de a prevermos. Temos que saber quando elas vão acontecer para conseguirmos nos proteger”, revela ela.

Contudo, os eventos que ocorrem no espaço, principalmente no sol, pode perturbar o ambiente na Terra, pois hoje a sociedade necessita da tecnologia dos satélites, um exemplo são os GPS, e isso depende do clima espacial. 

Foto destaque: Forma humana? Imagem mostra um detalhe da foto do Sol com a maior resolução já feita. Reprodução/ESA & NASA/G1.

 

 

 

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