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Fake News: Tribunal Superior Eleitoral conclui que Damares Alves compartilhou mentiras sobre governo Lula e pede remoção imediata do conteúdo

Publicações da ex-ministra nas redes sociais afirmam que governo do ex-presidente Lula (PT) tinha cartilha para ensinar jovens a fumar crack; defesa diz que se manifestará apenas nos autos do processo. Confira!

18 Ago 2022 - 10h30 | Atualizado em 18 Ago 2022 - 10h30
Fake News: Tribunal Superior Eleitoral conclui que Damares Alves compartilhou mentiras sobre governo Lula e pede remoção imediata do conteúdo Lorena Bueri

Na noite da última quarta-feira (17), uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que a ex-ministra Damares Alves, candidata ao Senado no Distrito Federal pelo Republicanos, retire do ar quatro publicações com informações falsas sobre os governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.

As publicações foram feitas no dia 2 de agosto e se tratam de um mesmo vídeo com o título “Governo Lula ensinava em cartilha como os jovens deveriam usar crack”. Além do YouTube, o material também foi compartilhado no Twitter, Facebook e Instagram da candidata ao Senado.

Na decisão judicial, o ministro do TSE, Raul Araújo, pontuou que a cartilha mencionada “possuía orientações direcionadas às pessoas dependentes de substâncias entorpecentes”.


Damares Alves foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Prospecta)Damares Alves foi ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos no governo Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Prospecta)


Ele acrescenta ainda, que o objetivo do material em questão era a redução de danos para dependentes químicos, “e não o incentivo motivacional ao uso de drogas ilícitas”.

“O vídeo impugnado apresenta conteúdo produzido para desinformar, pois a mensagem transmitida está totalmente desconectada de seu contexto embrionário”, escreveu o ministro.

“É plausível a tese da representante de que o vídeo editado divulga fato sabidamente inverídico em que o conteúdo da publicação acaba por gerar desinformação”, completa a decisão.

O ministro Raul Araújo deu 24 horas para as redes sociais retirarem o conteúdo do ar, dois dias para que Damares Alves apresente defesa e ainda mandou intimar o Ministério Público Eleitoral (MPE) para que se manifeste em até, no máximo, um dia.

Até a publicação desta reportagem, o vídeo de Damares Alves permanece no ar em todas as plataformas, exceto Instagram.

Em nota, assessoria da ex-ministra afirmou ao Portal R7 que se manifestará apenas nos autos do processo e provará a veracidade do conteúdo das publicações.

“A assessoria jurídica do partido Republicanos vai se manifestar apenas nos autos do processo e provará a veracidade do conteúdo questionado na Justiça Eleitoral".

A representação contra as publicações de Damares Alves havia sido protocolada pela coligação da candidatura de Lula à Presidência da República nas eleições de outubro.

“Essa decisão do TSE reforça a importância do combate à desinformação e às fake news que mais uma vez se fazem presentes durante o processo eleitoral”, declararam, em nota, os advogados da coligação, Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, após a decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

 

 

Foto destaque: Damares Alves. Reprodução/Estado de Minas

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