Saúde

Estudo aponta que um único arranhão em panelas antiaderentes pode liberar milhões de partículas tóxicas

O estudo foi realizado por pesquisadores da Universidade de Newcastle na Australia, e descobriu que em panelas com teflon um arranhão é capaz de soltar milhões de micro plásticos nos alimentos e nas casas.

12 Nov 2022 - 21h11 | Atualizado em 12 Nov 2022 - 21h11
Estudo aponta que um único arranhão em panelas antiaderentes pode liberar milhões de partículas tóxicas  Lorena Bueri

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Newcastle na Australia, apontou a descoberta de que em panelas antiaderentes (teflon) um só arranhão com cerca de cinco centímetros feito por uma colher ou espátula, é capaz de soltar cerca de 2,3 milhões de micro plásticos nos alimentos e nas casas. “Dado o fato de PFAS ser uma grande preocupação, essas micropartículas de Teflon em nossos alimentos podem ser um problema de saúde, então precisa ser investigada porque não sabemos muito sobre esses contaminantes emergentes”. Explicou e Cheng Fang, que é um dos autores do estudo e pesquisador na universidade. O estudo está publicado na Science of The Total Environment e foram usadas imagens espectroscópicas de Raman - que é uma técnica fotônica de alta resolução. 


Imagens espectroscópicas de Raman. (Reprodução/Renishaw)


Produtos químicos eternos e risco a saúde 

Os PFAS - sigla para nomear as substâncias de per e polifluoradas e que também carregam a alcunha de “produtos químicos para sempre”, devido ao fato de nunca se decompor no meio ambiente e levar mais de dez anos no corpo humano - são elementos a prova de calor, usados para criar utensílios de cozinha nos Estados Unidos e que nos últimos anos vem sendo relacionadas a vários problemas de saúde, tais como autismo, infertilidade e até inúmeros tipos de câncer.  

Como já informado, o estudo utilizasse da espectroscopia de Raman, onde ondas de luz são usadas para que se possa estimar partículas microscópica, durante o estudo os pesquisadores observarão que milhões de das mesmas eram expelidas pela panela e assim entrando em contato com os alimentos que já estavam cozidos. Apesar desses riscos, não existem nos Estados Unidos alguma regulamentação federal, sobre a afluência de PFAS contidas nas superfícies desses itens. Os especialistas alertam que a predominância dos PFAS em utensílios de cozinha, nas embalagens, alimentos e pratos, possa expor de forma desnecessariamente os norte-americanos sobre esses produtos químicos de alto risco, e que na juventude afetaria o desenvolvimento físico e social da criança, além de mudar o comportamento conforme o envelhecimento.  

Cânceres e autismo 

Corroborando com tudo isso, vem um estudo da Universidade do Texas, mostrando que as crianças expostas as PFAS, ainda no útero, estão mais dispostas a desenvolver o autismo, além de aumentar as chances de uma pessoa adulta de desenvolver os canceres de testículo, ovário, próstata, medula óssea, rim e tireoide. 

A FDA, que é a agência reguladora dos Estados Unidos, não estabelece uma quantidade máxima segura para consumir as PFAS, mas os pesquisadores recomendam que o uso de panelas antiaderentes, ainda mais as que usam teflon sejam suspensos e afirmam ser necessários outras análises para que se possa comprovar os resultados. 

 

Foto destaque: Frigideira de Teflon. Reprodução/Freepik BR

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