Saúde

Estudo aponta que pessoas que dormem 5 horas ou menos têm riscos maiores de desenvolver doenças

Pessoas que dormem 5 horas ou menos têm riscos maiores de desenvolver doenças, aponta estudo divulgado. Dessa forma, conforme o envelhecimento, as possibilidades de doenças aumentam

19 Out 2022 - 10h59 | Atualizado em 19 Out 2022 - 10h59
Estudo aponta que pessoas que dormem 5 horas ou menos têm riscos maiores de desenvolver doenças Lorena Bueri

Nesta terça-feira,18, foi publicado um novo estudo que fornece evidências de que indivíduos com 50 anos ou mais, que dormem cinco horas ou menos à noite, têm um maior risco de desenvolver doenças crônicas na medida que envelhecem em comparação a pessoas que dormem mais.

Publicado na revista PLOS Medicine, o estudo analisou de perto um grupo de quase 8 mil funcionários públicos no Reino Unido que não eram portadores de doenças crônicas aos 50 anos. 

Conforme detalhado pela “CNN Brasil”, para os indivíduos cujo sono foi rastreado aos 50 anos, aqueles que dormiam cinco horas ou menos por noite corriam risco 30% maior de desenvolver várias doenças crônicas ao longo do tempo do que aqueles que dormiam, ao menos, sete horas por noite. 


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @CNNBrasil)


Aos 60 anos, no caso, era um risco aumentado de 32%. Já aos 70, era um risco 40% maior. 

Diabetes, câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica, doença hepática, depressão, demência, distúrbios mentais, Parkinson e artrite são as doenças para as quais havia um maior risco.  

Segundo os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, outra pesquisa mostrou que adultos que não dormem o suficiente (cerca de sete a nove horas por noite) têm uma maior chance de desenvolver doenças crônicas que também podem incluir obesidade e pressão alta.  

No entanto, o estudo tem algumas limitações adicionais. Isso porque a maioria dos indivíduos eram homens brancos e apenas cerca de um terço eram mulheres. Segundo os pesquisadores, os funcionários públicos também tendem a ser um pouco mais saudáveis do que a população em geral. 

Além disso, o estudo foi baseado em dados auto-relatados, que são considerados menos confiáveis do que se as pessoas estivessem em um estudo do sono onde os cientistas pudessem observar diretamente como o indivíduo estava dormindo. 

O estudo concluiu que: “A curta duração do sono na meia-idade e na velhice está associada a maior risco de aparecimento de doenças crônicas e multimorbidade […] Essas descobertas apoiam a promoção de uma boa higiene do sono na prevenção primária e secundária, visando condições comportamentais e ambientais que afetam a duração e a qualidade do sono”

Sharon Cobb, que trabalhou na pesquisa do sono e não esteve envolvida no novo estudo, disse que tem importância pois fornece mais evidências de que o sono e as condições crônicas têm uma relação.

Cobb, que também é diretora de programas de enfermagem pré-licenciamento e é professora associada da Escola de Enfermagem Mervyn M. Dymally na Universidade Charles R. Drew de Medicina e Ciência em Los Angeles, disse que: “Acho que há muito tempo enfatizamos que você precisa dormir. Mas agora estamos começando a realmente avançar. Há mais literatura surgindo que o sono pode afetar mais do que apenas a saúde mental. Também está afetando mais comorbidades”.

A mesma ressalta que a duração é importante com o sono, porém a qualidade também é (um fator que este estudo não capturou). O estudo não explica, também, o que pode causar as condições crônicas entre os indivíduos que dormiram cinco horas ou menos. 


Post sobre o assunto. (Reprodução/Twitter @mariliadobem)


Adam Knowlden, professor associado de ciências da saúde da Universidade do Alabama (não participou da nova pesquisa, mas está trabalhando em outro estudo do sono), explica que outra pesquisa evidenciou que o sono é um processo restaurador que produz e regula hormônios no corpo, entre outras coisas.  

Hormônios regulam, por exemplo, apetite, metabolismo, desejo sexual, pressão arterial e frequência cardíaca, ritmos circadianos e temperatura corporal. De acordo com a “CNN Brasil”, se o organismo não produz hormônios adequados por causa da falta de sono, acredita-se que isso leve a problemas crônicos de saúde, bem como fadiga, dores no corpo e problemas envolvendo pressão arterial. 

Além disso, estudos mostram que a falta de sono pode também aumentar a inflamação, a defesa natural do corpo contra infecções ou lesões. Algo importante é que a inflamação temporária funciona bem para proteger o organismo, porém no caso de ser crônica, pode acarretar em doenças.

Adam Knowlden disse que o sono é sempre uma das maiores peças da equação para que indivíduos sejam saudáveis. 

O mesmo diz que: “Muitas vezes, as pessoas veem a necessidade de dormir como um inconveniente. Eles pensam que para tirar o máximo proveito da vida, precisam se privar do sono para progredir ou ser mais sociais, mas na verdade é o contrário […] A maioria das pesquisas mostra que sua qualidade de vida realmente melhora se você dormir o suficiente”

Quanto a como melhorar o sono, Adam Knowlden afirma que oferece uma variedade de recomendações quando pessoas lhe dizem que estão tendo problemas para dormir. 

A primeira que diz é estabelecer um horário de sono consistente. Acaba facilitando o descanso noturno regular quando o indivíduo treina o corpo para ir para a cama em um horário consistente e acordar na mesma hora todos os dias. 

A próxima recomendação é o quarto ser escuro, silencioso e livre de animais de estimação que possam acabar interferindo no sono. 

Por fim, o mesmo recomenda evitar cafeína, álcool e também grandes refeições antes de ir dormir. O que também pode levar a um sono melhor à noite é fazer exercício durante o dia. 

Foto Destaque: Pessoas que dormem menos têm mais riscos de desenvovler doenças, segundo pesquisas. Reprodução/Amenic181/Adobe Stock.

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