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Empresas investem na produção de diamantes pela tecnologia de redução de CO2

O processo de fabricação dos diamantes demora cerca de um mês para ser realizado, de forma natural o processo ocorre em milhões de anos.

22 Mar 2023 - 11h35 | Atualizado em 22 Mar 2023 - 11h35
Empresas investem na produção de diamantes pela tecnologia de redução de CO2 Lorena Bueri

Essencial para a vida na terra, o Carbono também oferece risco para manutenção do nosso planeta. O excesso de dióxido de carbono (CO2) provoca desequilíbrio no efeito estufa, ocasionando no aquecimento global. Diante da abundância do CO2 no ar, empresas têm utilizado tecnologia para transformar esse problema em solução. 

Através da tecnologia  Direct Air Capture (DAC), as empresas Climeworks, da Suíça, e a Carbon Engineering, do Canadá estão realizando ações com intuito de extrair o CO2 e fabricar produtos, que vão desde as vestimentas até a fabricação de joias como o diamante. No entanto, o processo de converter o CO2 em produtos rentáveis é bastante caro, e de certo modo ainda haverá emissão desse gás para a atmosfera. Mas especialistas estão confiantes de que a tecnologia de remoção de dióxido de carbono (CDR) é um passo importante para a manutenção da vida no planeta. 

De acordo com o relatório do órgão responsável por avaliar inovações científicas relacionadas ao uso do CO2, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) "a implantação de CDR para contrabalançar as emissões residuais difíceis de reduzir é inevitável". Diante da necessidade de redução do dióxido, as empresas têm visto o uso de carbono como um nicho de mercado. 


Prepresentação dos ventiladores que capturam o CO2. Foto: CARBON ENGINEERING/VIA BBC 


De acordo com a Reuters, várias empresas envolvidas com essa tecnologia conseguiram cerca de US$ 800 milhões de investidores, em 2021, para fabricar uma variedade de produtos usando as emissões de CO2. Entre os produtos temos a produção de diamantes e tecidos para calças. 

A joalheria Aether, sediada em Nova York, nos EUA, em parceria com a Climeworks, com sede em Zurique, na Suíça, capturam o CO2 para a produção dos diamantes por meio de grandes ventiladores. A empresa assegura que os diamantes fabricados em laboratório por meio do CO2 vindo do ar, são idênticos aos oriundos de minas. Além disso, possuem certificados pelo Instituto Gemológico Internacional, assim como os "originais". A empresa afirmou que toda a fabricação dos diamantes é realizada de forma sustentável.

 As etapas de fabricação dos diamantes se dão por meio da captação do CO2 e outros poluentes por meio de um filtro acoplado nos grandes ventiladores. Depois, ele é convertido em metano de hidrocarboneto, matéria prima do diamante, e em seguida é levado para os laboratórios da Aether, onde são mantidos sob alta pressão e calor, e formam as joias. Esse processo demora cerca de um mês para ser realizado, de forma natural o processo ocorre em milhões de anos. Outra empresa que investe na fabricação dos diamantes é a SkyDiamond, sediada no Reino Unido, que usa energia renovável, carbono e água da chuva para fabricar as joias.

Além das joias, o carbono tem sido utilizado para fabricar calças de ioga. A LanzaTech com a Lululemon - loja varejista de roupas esportivas - fabricaram o primeiro tecido do mundo a base de carbono reciclado. A empresa é especialista na conversão do carbono liberado por plantas industriais de etanol.

Foto destaque: Diamantes de diferentes tamanhos. Reprodução/Pixabay.

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