A Precision Neuroscience está desenvolvendo um implante cerebral, denominado Interface Cortical da Camada 7, capaz de conectar as redes sociais à mente. Este dispositivo apresenta uma espessura mais fina que a de um cabelo e pode permitir que os indivíduos controlem suas redes sociais a partir do pensamento.
O chip é projetado, principalmente, para pacientes que possuem limitações de comunicação ou paralisia, e espera-se que, futuramente, a nova tecnologia possa colaborar também em tratamentos de condições neurodegenerativas.
O dispositivo se assemelha a um pedaço de fita adesiva e funciona captando os sinais cerebrais. Dessa forma, ele interpreta tais sinais e em seguida, os manda para uma máquina conectada ao chip. Por sua vez, o chip fica na superfície do cérebro ao invés do tecido do órgão, portanto, o procedimento é menos invasivo.
Além do mais, por ser mais fino que um fio de cabelo, a adaptação dele à superfície do cérebro é mais rápida e não danifica nenhum tecido. Para que este dispositivo seja implantado, os cirurgiões abrem uma pequena fenda no cérebro e o procedimento pode ser reversível, segundo a empresa.
Dispositivo desenvolvido pela Precision Neuroscience. (Foto: Reprodução/CNBC)
Michael Mager, CEO da Precision, afirmou em uma entrevista à CNBC que “é uma grande vantagem em comparação com tecnologias que exigem, por exemplo, uma craniotomia, removendo uma parte significativa do crânio, que leva muito tempo e tem muito risco de infecção”.Durante os testes, o dispositivo foi capaz de decodificar, com êxito, os sinais cerebrais de animais. Agora, para que teste o implante em seres humanos, a empresa aguarda a aprovação do FDA.
A Precision Neuroscience é uma empresa americana que trabalha com interfaces cérebro-computador. Estas interfaces podem ser imaginadas como sendo uma ponte entre o cérebro e algum dispositivo externo e normalmente, não são invasivas, como faixas de cabelo e fones de ouvido.
Inicialmente, estas interfaces foram desenvolvidas para ajudar indivíduos com paralisia, no entanto, vêm ganhando novas funções e usos. Uma das utilidades, por exemplo, é melhorar o desempenho cognitivo. Porém, assim como qualquer outra tecnologia, as interfaces apresentam falhas, como a possibilidade de serem hackeadas. Além disso, existem diversas preocupações éticas entorno delas.
Foto Destaque: Neurociência. Reprodução/Gerd Altmann/Pixabay