Na sexta-feira (26), a BioNTech anunciou que testará a sua vacina, desenvolvida em parceria com a Pfizer, contra a nova variante do coronavírus detectada na África do Sul. O porta-voz da farmacêutica aguarda que os resultados finais fiquem prontos em até 15 dias.
"Entendemos a preocupação dos especialistas e iniciamos imediatamente investigações sobre a variante B.1.1.529", declarou a BioNTech que acrescentou “esperamos mais dados de testes de laboratório no máximo em duas semanas. Estes dados fornecerão mais informações para se saber se a B.1.1.529 poderia ser uma variante de fuga que pode exigir um ajuste de nossa vacina se a variante se disseminar globalmente".
A cepa B.1.1.529 foi descoberta, na quinta-feira (25), por cientistas sul-africanos e é classificada como uma “variante de preocupação” pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A B.1.1.529 é quatro vezes mais contagiosa do que a variante delta e beta e ultrapassou 80% dos casos em menos de 25 dias, na África do Sul.
Cidadão faz o teste de Covid-19 na África do Sul. (Foto: IMF Photo/ James Oatway)
Ainda é muito cedo para deduzir se os imunizantes disponíveis são eficazes para prevenir uma nova onda de casos da síndrome respiratória. Como prevenção, autoridades globais notificaram que o controle das fronteiras será mais rigoroso enquanto os cientistas tentam definir se a mutação é resistente às vacinas.
Caso a cepa não reaja ao imunizante da BioNTech e da Pfizer, a fórmula será alterada e novas doses serão distribuídas e aplicadas nas populações afetadas. As empresas farmacêuticas acreditam que conseguem entregar uma nova vacina em aproximadamente 100 dias.
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Nas últimas horas, além da África do Sul, Hong kong, Bélgica, Botsuana e Israel detectaram casos de covid-19 causados pela nova variante B.1.1.529. A vigilância do coronavírus do Brasil não detectou nenhum episódio da doença relacionada a esta cepa sul-africana.
Foto destaque: Vacina contra a covid-19. Reprodução/IstoÉ Dinheiro