A Microsoft deu início a compra da Blizzard, desenvolvedora de franquias como Call of Duty, Diablo, Overwatch e World of Warcraft. O anúncio da compra foi um dos maiores acontecimentos na indústria dos games neste ano. Essa bigtech é criadora e detentora do famoso sistema operacional, Windows, além do console Xbox, que foi lançado na sua primeira versão em 2001 para competir com o Playstation One, da concorrente Sony. A intenção da empresa é fortalecer seu mercado de jogos e a Activision Blizzard é um grande passo para este plano.
A oferta foi de US$ 68,9 bilhões (em torno de R$ 360 bilhões), ainda sim, a compra não foi de todo modo tranquila, afinal, a compra ameaça o funcionamento da livre concorrência no mercado de jogos, além dos escândalos de assédio e abuso em que a Activision Blizzard está envolvida.
Activision Blizzard. (Foto: Reprodução/Olhar Digital)
O Federal Trade Comission (FTC, em tradução livre, Comissão Federal de Comércio) reclama em sua declaração que a Microsoft tem um histórico de usar conteúdos valiosos do setor de games após comprá-los para superar os concorrentes.
O FTC continua dizendo: “A Microsoft já mostrou que pode e vai reter conteúdo de seus rivais”, ou seja, jogos exclusivos de outras empresas. “Hoje buscamos impedir a Microsoft de obter controle sobre um estúdio independente líder para usá-lo para prejudicar a concorrência em múltiplas dinâmicas e mercados de rápido crescimento”, disse Holly Vedova, diretora do gabinete de competição do FTC.
A Microsoft respondeu ao bloqueio do FTC à compra. Brad Smith, presidente da empresa, disse que vai a companhia vai se defender das acusações, e conclui: “Embora acreditássemos em dar uma chance à paz, temos total confiança em nosso caso e agradecemos a oportunidade de apresentá-lo em tribunal”.
A aquisição da Activision Blizzard, caso finalizada, será a maior compra da empresa, sucedida pelo LinkedIn - adquirido pela bigtech em 2016, por US$ 26,2 bilhões; e pela Nuance Communications, comprada em 2021, por US$ 19,7 bilhões.
Foto Destaque: Franquias da Microsoft. (Reprodução/Microsoft)