Saúde

Diversidade entre doadores de medula óssea deve ser ampliada

Médico e especialista explica a importância de ter doadores de medula óssea pretos e pardos no Brasil e, porque esse é o tipo de transplante muito específico

31 Out 2022 - 12h00 | Atualizado em 31 Out 2022 - 12h00
Diversidade entre doadores de medula óssea deve ser ampliada Lorena Bueri

No dia 17 de setembro, foi celebrado o Dia Mundial do Doador de Medula Óssea. A data foi criada com o intuito de conscientizar a população sobre a importância da doação. A medula óssea é o lugar onde são produzidos os componentes que compõem o sangue: hemácias, leucócitos e as plaquetas. Os tratamentos de leucemias e linfomas, por exemplo, consiste na substituição da medula óssea doente, por células normais de medula óssea, que ajudarão a reconstituir uma medula saudável. Para que esse procedimento ocorra como o esperado tem que haver compatibilidade genética entre o doador e o paciente.

As chances de encontrar um doador ideal no núcleo familiar, sendo entre irmãos de mesmo pai e mesma mãe, é de 25%. Contudo, há a possibilidade de não haver doador na família, sendo assim, é necessário encontrar um doador no banco de dados do INCA. Esse contratempo faz as chances de compatibilidade caírem para 1 em 100 mil, de acordo com pesquisas realizadas pelo Ministério da Saúde, e isso é bem comum de se acontecer. 


A importância do transplante de medula óssea (Reprodução: Salém Advogados)


Existem mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados no REDOME (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, órgão controlado pelo INCA) aqui no Brasil. Porém, mais de 650 pacientes aguardam na fila por um doador sem parentesco familiar. Ou seja, quanto mais doadores cadastrados, maior a chance de que a compatibilidade entre doadores e pacientes seja identificada. 

No caso do Brasil, o quadro se agrava pela imensa diversidade genética. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), aponta que para indivíduos com ancestrais africanos, a chance de achar amostras compatíveis é até 75% menor comparado a pacientes com outro componente genético, preocupando médico e pesquisadores. Isso se explica pela grande variabilidade do DNA de indivíduos de origem africana, superior ao resto do mundo. Dos mais de 5 milhões de cadastrados no REDOME, apenas 397 mil voluntários que se autodeclararam pretos, comparado a 1,7 milhões de pessoas autodeclaradas pardas e 2,9 milhões de brancas, o que dificulta ainda mais a identificação de um doador compatível. 

O mais importante agora é ter mais doadores pretos e pardos de medula. Para se tornar um doador, o candidato deve:

- Procurar um hemocentro do seu estado;

- Ter entre 18 e 35 anos;

- Estar em boas condições de saúde, sem doenças pré-existentes.

A partir desses pontos é solicitado o preenchimento de um termo de consentimento livre e esclarecido, e uma ficha com informações pessoais. Após esse processo, é retirada uma pequena quantidade de sangue do candidato a doador, de 10 ml, para análise de compatibilidade e inclusão no banco de dados do REDOME. Se o sistema apontar compatibilidade com algum paciente outros procedimentos serão realizados para aprovar a doação. 

 

Foto destaque: Paciente após transplante de medula óssea/Reprodução Rádio Sintonia. 

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