Saúde

Demorar no diagnóstico da endometriose, leva à menopausa cirúrgica

Segundo a doutora Ceres Resende, demora em torno de oitos anos para a mulher conseguir o diagnóstico certo da endometriose, e com esse diagnóstico tardio a chance de ter uma menopausa cirúrgica é grande.

22 Jul 2022 - 16h35 | Atualizado em 22 Jul 2022 - 16h35
Demorar no diagnóstico da endometriose, leva à menopausa cirúrgica Lorena Bueri

Uma artesã de 32 anos, chamada Adriana Tigre, começou a ter os sintomas típicos de mulheres entrando na menopausa, como um calor intenso, irritabilidade, alterações no humor e no sono etc.

Normalmente a menopausa ocorre entre os 45 e 55 anos, que engloba o último ciclo menstrual das mulheres, entretanto os sinais da menopausa apareceram mais cedo para Adriana, hoje com 37 anos, devido à retirada dos ovários, essa antecipação é conhecida como “menopausa cirúrgica”.


Útero com endometriose (Foto: Reprodução/Divulgação)


Os médicos dizem que o procedimento deve ser evitado, pois pode trazer riscos à vida da mulher, sendo indicado apenas para diagnósticos específicos, é o que alerta a ginecologista Ceres Resende, coordenadora da área de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB).

Esse tipo de doenças ocorre quando um tecido parecido ao que reveste o útero cresce em outras partes do corpo – geralmente, ao redor dos órgãos reprodutivos, intestino e bexiga. Até então não existe uma causa conhecida ou uma cura.

Recentemente a cantora Anitta veio a público e compartilhou que possuía a doença, o anúncio levou um aumento nas buscas e nas postagens sobre o assunto na internet e nas redes sociais brasileiras.

Segundo Adriana, que contou com exclusividade ao portal G1, ela tinha dores incapacitantes e insuportáveis desde a sua menarca (primeira menstruação), aos 12 anos, a artesão passou pelo procedimento logo após ser diagnosticada tardiamente com uma doença que segundo o Ministério da Saúde, afeta uma a cada dez brasileiras: a endometriose.

A artesã diz que ouvia de familiares, amigas e até mesmo de médicos que a dor que ela estava sentindo durante a menstruação era normal, de toda mulher.

"Eu me questionava se a dor era tão forte assim, me sentia uma mulher fraca por não aguentar aquela dor, já que as outras aguentavam. Mas a verdade é que não era normal. Eu só melhorava, em algumas crises, quando tomava morfina", descreve.


Mulher com cólica (Foto: Reprodução/Divulgação)


Alguns médicos normalizaram o sintoma da cólica, dizendo que é algo normal e passam remédios fortes para que aguentem as dores.

Adriana ainda conta que nunca tinha ouvida falar sobre endometriose, e após alguns exames foi descoberto que ela estava no estágio 4 da doença, considerada severa. Segundo a doutora Ceres Resende, a média para o diagnóstico certo da doença é de oito anos.

A artesã teve que passar por uma laparoscopia, um procedimento cirúrgico faz a retirada de focos da endometriose e, em casos muito graves, dos ovários.

Para a maioria das mulheres, os sintomas da endometriose diminuem após a menopausa (cirúrgica ou não). Mas, assim como Adriana, algumas seguem tendo dores.

Isso normalmente acontece, pois mesmo que as lesões estarem menos ativas pela falta de hormônios, elas vão continuar lá. Ou seja, apesar da menopausa poder ajudar nos sintomas, ela não é uma cura.

Sinais de alerta para endometriose

  • Mudança nas características da dor (normalmente mais intensas a partir dos 25 anos);
  • Dores mais localizadas, com um lado que dói mais;
  • Dores profundas durante e após o ato sexual;
  • Sangramentos mais prolongados.

 

Foto destaque: Mulher com cólica. Reprodução/Divulgação

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