Levantamentos da pesquisa DataFolha divulgada em 26 de maio colocam o ex-presidente, Luiz Inácio (PT) na frente da disputa pela Presidência da República com 48% das intenções de voto. Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo com 27%, Ciro Gomes (PDT) está em terceiro lugar com 7% das intenções. Os resultados da pesquisa encaminhada pela Folha de São Paulo causaram a repercussão dos candidatos.
Lula compareceu em encontro na Casa de Portugal em São Paulo, na última sexta-feira (26), em evento com lideranças de movimentos sociais. “E vocês viram a pesquisa ontem. Eu imagino, Alckmin, que Bolsonaro não dormiu ontem à noite. Imagino que ele falou. “Que desgraça esse Lula tem? A gente faz fake news contra ele todo dia”, disse Lula mencionando seu vice, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), que estava presente no evento.
Lula e Alckmin durante evento realizado na última sexta-feira, 27 de maio. (Foto: Reprodução/Partido dos Trabalhadores/Youtube)
Apesar dos 21 pontos percentuais de diferença em relação a Bolsonaro, o candidato do PT mostrou cautela em discurso aos 87 representantes de diferentes movimentos sociais que assinaram documento de apoio a chapa Lula/Alckmin. “Nós estamos começando uma caminhada. Esta caminhada não é fácil. Nós não estamos enfrentando um adversário fraco. Estamos enfrentando alguém que é perigoso porque seu comportamento não é democrátivo. Ele vive de ofender as instituições. Vive dizendo que só Deus vai tirar ele de lá. Então eu quero que ele saiba que o povo é a voz de Deus, e o povo vai tirá-lo de lá”, disse Lula.
Em sua live semanal, Bolsonaro trouxe insinuações de que a pesquisa foi “comprada”. Na ocasião, Bolsonaro citou fala do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci sobre acordo de delação premiada que afirmou que o PT pagava propinas para a empreiteira Andrade Gutierrez para bancar pesquisas eleitorais para o partido no ano eleitoral de 2010.
“Vem aí a pesquisa DataFolha, Lula 40, Bolsonaro 25. E nós temos a declaração do Palocci, ‘Propina era paga para ocultar pesquisas negativas contra o PT’, então os caras compravam pesquisas para divulgar índices favoráveis ao PT. Então quando chegava uma pesquisa contrária a pesquisa era engavetada… E não é diferente hoje em dia, o que é o Datafolha, será que o Datafolha está fazendo tabelinha com uma instituição por aí?”
Apesar de Ciro Gomes aparecer em terceiro lugar com 7% das intenções de voto, a pesquisa revelou que no segundo turno o candidato do Partido Democrata Trabalhista venceria Bolsonaro com 16 pontos percentuais.
No Twitter, Ciro deu sua declaração sobre a pesquisa com um tom pessimista, apesar dos resultados mostrarem a derrota de Bolsonaro, o candidato afirmou que as pesquisas demonstram uma derrota ao Brasil se referindo a uma vitória do PT.
Se o Datafolha estiver correto, você tem dois grandes derrotados flagrantes: Bolsonaro, o grande derrotado, viva, isso é o que todos nós democratas lutamos pra acontecer. Mas há um outro grande derrotado, que me preocupa muito, que é o Brasil.
— Ciro Gomes (@cirogomes) May 27, 2022
E aproveitou para se colocar como a única opção para combater tanto Bolsonaro, quanto o Lula.
Mas eu também sou o único que, não tendo rejeição, liquido o Bolsonaro. Essa pesquisa mostra que eu tenho 16 pontos na frente do Bolsonaro no segundo turno.
— Ciro Gomes (@cirogomes) May 27, 2022
Cenário 1º Turno
- Lula (PT): 48%
- Bolsonaro(PL): 27%
- Ciro Gomes (PDT): 7%
- André Janones (Avante): 2%
- Simone Tebet (MDB): 2%
- Pablo Marçal (Pros): 1%
- Vera Lúcia (PSTU): 1%
- Branco e Nulos: 7%
- Não sabem: 4%
Cenários 2º Turno
Cenário 1
- Lula (PT): 58%
- Jair Bolsonaro (PL): 33%
- Brancos e nulos: 8%
- Não sabem: 1%
Cenário 2
- Lula (PT): 55%
- Ciro Gomes (PDT): 29%
- Brancos e nulos: 15%
- Não sabem: 1%
Cenário 3
- Ciro Gomes (PDT): 52%
- Jair Bolsonaro (PL): 36%
- Brancos e Nulos: 10%
- Não sabem: 2%
A pesquisa Datafolha entrevistou 2.556 eleitores entre 25 e 26 de maio em 181 cidades do Brasil. O levantamento tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Foto destaque: Lula. Reprodução/ PT Piauí; Ciro Gomes. Divulgação/ PSD; Bolsonaro. Reprodução/Marcos Corrêa/PR